ANIMAIS: OS GUIAS ESPIRITUAIS NA TRANSMUTAÇÃO E MORTE DO EGO

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Animais: Os Guias Espirituais



“Todos os seres compartilham a mesma respiração – o animal, a árvore, o homem … o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém.” ~ Chief Seattle
Usando os animais como guia espirituais como base para a nossa conexão com o divino é uma tradição tão antiga quanto as primeiras civilizações que se instalaram na Terra. Com suas raízes na cultura nativa americana, Paganismo Europeu, a medicina Chinesa, o misticismo e folclore aborígene Africano, Antigo Egito etc. Você provavelmente não irá encontrar um lugar neste planeta que não se é reconhecido o poder dos animais e a importância da nossa harmônia com essas criaturas pois eles são expressões do universo como nós.
Por exemplo, a totem indígena americana é composta por nove guias espirituais que vão ficar com uma tribo ou indivíduo durante toda a sua vida terrena, geralmente como um espírito guardião principal. Nas diversas formas de práticas pagãs em todo o Ocidente, os seres espirituais e xamãs, muitas vezes conversavam com um animal familiar.
Na verdade, esta é uma das principais formas para avançar a nossa consciência; em mostrar uma bondade animal ou por reconhecer e trabalhar com o espírito dos animais que está dentro de nós.
Dois animais que são comumente encontrados ao lado do ser humano (ou vice-versa) são o cães e os gatos!
the cat
O Gato
“Nos tempos antigos, Os gatos”, como o autor Terry Pratchett aponta, “eram adorados como deuses; e eles não se esqueceram disso. “O gato ou a leoa eram adorados como Bastet e Sekhmet no Egito antigo, Deusa do Amor, Alegria e proteção, e sempre foi honrado como um reflexo dos aspectos independentes e protetores de nós mesmos. Acreditavam que o Ronronar dos felinos eram vibrações de cura. Estudavam formas de abranger a sonoridade emitida, levando-os as salas centrais (salas de ecos) das Piramides para meditação. Tanto que quando o gato se machuca, cai, ou até mesmo em trabalho de parto, ele ronrona, curando a si mesmo.
Na mitologia Eslava houve Ovinnik; um grande gato preto que vigiava rebanhos de agricultores e animais, mas era conhecido por causar o mal caso você o perturbasse. Na mitologia Nórdica, dois gatos cinzentos – dado como um presente pelo Deus do céu, o Deus Thor – que no mito; puxa a carruagem de Freyja, incentivando assim os agricultores a deixarem de presentes
‘camundongos e ratos’ para os gatos vizinhos para garantir uma colheita abundante.
O gato também tem sido lembrado por causa das bruxas; com os olhos que se parecem com taças de vidência e naturezas sagazes eles são conhecidos por estarem entre os dois mundos e serem sensível às coisas que não somos.
cat
Tribos Amazônicas louvam o tão temido e admirado Jaguar, acreditando que ele é o Deus da Escuridão, e que suas manchas são uma trama de estrelas; um gato capaz de imitar o som do trovão com seu rugido e causar eclipses engolindo o sol! kkkkk
No folclore Japonês, O ‘Kasha’ ou “roda de fogo” é relatado muitas vezes em forma de gato e o mito conta que o gato roubará ou até mesmo comerá cadáveres de seus caixões! É considerada uma jornada cheia de perigos, especialmente se eles (os mortos) tiveram relações duvidosas com maldades durante a sua vida terrena. “Quando um gato salta sobre um caixão, o cadáver vai acordar”.
Quaisquer que sejam os atributos dado aos gatos, eles são sem dúvidas bons companheiros, incrivelmente graciosos, alertas e sábios, e acima de tudo; espirituais.
O Cão
A medicina do cão no entanto, é completamente diferente. É a Lealdade que pode ser comparada à carta do tarot, “O Louco”; aquele que confia eternamente não importa o quão cruel você se mostra a ele. Normalmente eles são realmente os melhores amigos do homem e fazem de tudo para agradar seus “mestres”. Na mitologia chinesa há um conto onde todos os animais competiram em uma corrida para nadar em um rio. O cão, apesar de ser um nadador talentoso, preferiu se divertir à competir; balançando o rabo nas águas quentes. O cão é o mais certamente não competitivo, ao contrário do gato que, muitas vezes, comete atos manhosos de manipulação para conseguir o que querem.
É na mitologia chinesa que encontramos mais paralelos entre os dois animais, como o Tiangou, o cão celeste, que toma a forma de um meteoro e engole o sol ou a lua durante um eclipse (muito parecido com o mito do jaguar sul-americano). Embora ao contrário do felino Kasha, que é para ser temido pelo recém-mortos, os papéis dos cães são parte integrantes de rituais no norte da China, projetados para proteger cadáveres de danos. A humilde do cão se estende até as parábolas de Jesus, como a de Lázaro cujas feridas foram lambidas e limpas por cães de rua.
the dog
Os cães ilustraram o valor da humildade e as riquezas celestiais do apreço à verdadeira riqueza em comparação a riqueza material da vida terrena que nos cegam e não nos levam a lugar nenhum, e convidam a ganância e crueldade para com os outros em nossas vidas!
O cão é muitas vezes citado como o único que nos transporta/leva para a vida após a morte ou é o guarda das portas para o céu e o inferno. Um Deus egípicio Chacal, o Wepwawet, ou o “Desbravador de Caminhos’ é louvado em cerimônias para muitos Faraós, a fim de dar-lhe o poder da fala na vida após a morte e além.
Na região mesoamericana acredita-se que os cães devem ser enterrados ao lado dos mortos, pois eles acompanham/levam os espíritos para o submundo. Mas nem todas as representações de cães nos mitos são positivos. Em algumas crenças astecas existia um Deus chamado Xolotl que era essencialmente um monstro, um lobo que era caçado durante a criação do quinto sol por ninguém menos que a Morte! A morte o segue enquanto ele se transforma em vários seres – incluindo uma salamandra em uma poça de água – até que seja capaz de interceptar e eventualmente matá-lo.
É representado na mitologia de Popol Vuh K’iche’ Maya (Terras Altas da Guatemala), como cães e outros tais supostamente ‘estúpidos animais’ tiveram sua vingança contra aqueles que os haviam abatido (caçado e matado). Se você teve a sorte de escapar desse destino, então você se transforma em um macaco e é revertido à sua encarnação anterior, para aprender a lição de ser um ser humano a partir do ponto zero. Outras crenças cão incluem o lobo; um grande mestre e animal totem comum na cultura dos nativos americanos. Mais uma vez o lobo significa a liderança da família e um forte senso de intuição; uivando para a lua para obter insights sobre assuntos complexos ou sombrios, e mantendo os força através de todos os graus de adversidade!
Steven D. descreve pessoas “cão” aquelas que tem a fé forte, que trabalham bem em equipe e são boas motivadoras para que os outros encontrem o bem maior. Com um forte senso de comunidade, guias espirituais caninos também oferecem resistência quando se sente vontade de desistir e nos revela as facetas mais infantis de nossa natureza; que não tem sido estragadas pelo “mundo real” e as duras realidades da natureza humana.
Qualquer que seja o animal que você se alie; cada medicamento do indivíduo pode nos ensinar mais sobre nós mesmos e aqueles que nos rodeiam. Sobre nossas mais profundas motivações e o caminho espiritual que estamos destinados a trilhar.
Texto de: Fractal Enlig. / Retirado do Livro, Guias Espirituais por Steven D. e Terry Pratchett
Traduzido por: YanRam

Animais: Os Guias Espirituais II – A transmutação e a morte do Ego


“Todos os seres compartilham a mesma respiração – o animal, a árvore, o homem … o ar compartilha seu espírito com toda a vida que mantém.” ~ Chief Seattle
Esse artigo é a segunda parte de “Animais: Os Guias Espirituais”, você pode conferir clicando aqui!
A Cobra
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Amplamente conhecido como chthonic (sig. pertencente ao submundo) ou ‘Earthbound’(sig. preso/apegado a terra), o símbolo da serpente tem recebido uma conotação mista durante séculos. Para os gregos, é a Medusa. No cristianismo e no islamismo ela é retratada como a que tentou Eva. Para os egípcios, a má sorte que foi lançada para a cidade de Tebas, que dizem ter sido construída em base de uma serpente gigante. Para outras culturas, a cobra é um símbolo de saúde e medicina.  A Taça de HigéiaCaduceus e o bastão, o Rod Asclepius denotam a cura farmacêutica enquanto na Índia o animal é adorado como os deuses, a cobra que envolve seu caminho ao redor dos pescoços de Vishnu e Shiva. Nagraj é o Rei das Serpentes, e muitos acreditam que a cobra é também um símbolo de fertilidade. Pessoas com o conhecimento curandeiro das cobras são muito raras. Eles são capazes de tirar suas velhas peles e transmutar qualquer poção, o que pode torná-los seres temidos mas também poderosos médicos, capazes de divergir entre a linha da vida. Acredita-se na cultura Maya que se você ver uma cobra talvez seja um sinal de queIxChel, a deusa do parto, esteja tentando entrar em contato com você rs. É por essa razão que a cobra é frequentemente associada com o Divino Feminino – como em muitas religiões, foi transmitido para aprofundar a incompreensão e o ódio das mulheres – a serpente é um conto mal-compreendido da noite; tentador aos curiosos que buscam adquirir conhecimento como um passo inevitável no caminho para a iluminação. Primeiro temos de suportar o sofrimento do saber, a fim de crescer.
A cobra simboliza o ciclo do Samsara, o ciclo da vida, morte, iluminação e transformação. A totalidade transitória que deve ser vivida como parte impermanente do ciclo… doloroso e difícil como o processo de nascimento, mas mal compreendido pelo ego como uma ameaça. Representa o elemento fogo; e é através desta temida e amada força que ele continua o seu ciclo de criação e destruição. Como a deusa hindu Kali, a cobra e fogo nos mostram que a destruição é necessária a fim de criar; e que ambos os estados são iguais. A energia do fogo, quando no plano material, cria a paixão, o desejo, a procriação e a realidade física. No plano emocional, é a ambição, criação, resolução e sonhos. No plano mental é o intelecto, o poder, o carisma e a liderança. No espiritual, é a conexão com o divino e os grandes mistérios do universo. Muitas vezes visto como um pesado fardo, a energia da cobra e o poder do fogo são os eternos elementos do Xamã; a dança sagrada com os poderes mais apaixonantes e intimidantes. A cobra utiliza a dor como uma maneira de transformar, um caminho a ser trilhado pelo indivíduo, a cobra é rara e procurada pelo médico. A quem tenha digerido todos os venenos dolorosos dentro de si mesmos, a fim de queimar os males do pensamento negativo e a dúvida que levou a doença no corpo e inação no espírito.
O Morcego
camazotzOutra criatura mal compreendida, meio ave e meio roedor que se pendura de cabeça para baixo e é ativo a noite, se tornou o símbolo ocidental da bruxaria, mas para os mesoamericanos, este animal é um símbolo de renascimento. Entre algumas tribos, como a Creek e Apache o morcego é um espírito trapaceiro e que atormenta os seres, talvez para beber seu sangue e como a cobra, em última análise representa o mal. No oeste da Nigéria e na mitologia Oaxacan, o morcego representa a inveja, o desejo de ser algo que você não é. A feiura do morcego muitas vezes é confundido com o seu verdadeiro propósito. Entretanto, na mitologia Tongan, ele é o companheiro, a manifestação física do ser separado, e na Catalunia é admirado por ser um “dragão alado” da batalha e o símbolo representativo do soldado. Para os astecas, nos rituais de Toltec e Tolucan, o morcego é a criatura mais sagrada e simboliza para os xamãs a morte do ego. Se pendurando de cabeça para baixo, ele é como o Homem Arranjado do tarot, que contempla o sacrifício e enxerga o mundo com uma perspectiva diferente. A morte do ego abraça Kali no momento da destruição, como a cobra que deixa sua pele, o pendurar dos morcegos simboliza o enforcamento que lança suas noções sufocantes de self e a identidade para renascer e ser liberado para voar para os mistérios da noite. A caverna do morcego pode ser visto como um símbolo de sua sepultura – o confronto com a inevitabilidade da morte vai nos libertar de nossas lutas contra a nossa própria morte.
Nosso espírito morcego nos guia e encoraja a deixarmos as velhas formas e a energia estagnada para nos libertar na escuridão e encarar nossa mortalidade. A morte do ego só pode vir quando liberamos a nós mesmos dos seus aspectos; luz e trevas. A inveja, a feiura e o mal assumido da cobra e do morcego são para a compreensão sobre os nossos desejos. O xamã e seu caminho solitário visionário; é vaiado pela multidão que o reprime por estar confrontando sua própria feiura e a amando da mesma forma. É uma parte necessária do caminho que vai contra o fluxo, embora temido e odiado, é a forma de se aproximar do renascimento num plano superior..
Ambos animais simbologicamente representam a morte do ego, o abrir mão dos desejos incansáveis… Sobre essa reflexão, deixo também um vídeo de Allan Watts, a Ilusão do Ego. Para traduzir, vá em legendas, Português. 
Este belo artigo foi retirado do site Fractal Enlig. e traduzido por NM. Espero que gostem e que o auxiliem a compreensão espiritual dos aspectos da vida.
Fonte:https://ograndejardim.com/2015/03/03/animais-os-guias-espirituais/

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