ENSINAMENTOS TOLTECAS - CARLOS CASTAÑEDA E MARY CAROL NELSON

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Ensinamentos Toltecas – Carlos Castañeda e Mary Carol Nelson

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Os ensinamentos toltecas chegaram pela primeira vez para o público através de Carlos Castañeda. Os toltecas tradicionalmente, eram definidos por um grupo de pessoas (nativos) que alcançavam um nível refinado de iluminação espiritual.
Seguem abaixo alguns apontamentos do o livro “Além do Medo”, escrito por Mary Carol Nelson, que, relata os ensinamento de Don Miguel Ruiz, um médico cirurgião mexicano que descende das tradições dos toltecas.

O “nagual” é tudo aquilo que existe e não podemos perceber. O “tonal” é tudo o que podemos perceber com os sentidos comuns. O tonal e o nagual só podem existir por causa do “Intento”.
Intento é a conexão que torna possível a transferência de energia entre o tonal e o nagual. Intento é a vida. É a eterna transformação. Intento é Deus. Deus é Espírito. Tudo o que existe no mundo é energia. O Tonal é o Sol com todos os planetas, luas, cometas, meteoritos, satélites. O nagual é a energia que vem deles.
O Planeta Terra também tem o tonal e o nagual. ele tem seu próprio metabolismo, seus órgãos. Entre os órgãos do planeta está o corpo humano, composto de todos os seres humanos juntos. Os seres humanos também tem tonal e nagual. As emoções são as energias que não percebemos, mas experimentamos com nossos sentidos. É tonal. O nagual é a energia que não podemos reconhecer com a razão. É o Deus dentro de nós.
Quando é dito que uma pessoa é nagual, é que a pessoa cria uma ligação direta entre o tonal e o nagual. O nagual consegue separar as emoções de ações. O nagual nasce com uma forte disposição e não é paralisado pelo medo. Qualquer um pode se tornar um nagual. Um nagual é a pessoa que tem a capacidade de ensinar e orientar outras pessoas para o espírito, convencendo-as que no interior de cada uma, existe uma força poderosa unindo a pessoa a Deus.
Essa é a força do Puro Intento. É aquele que orienta as pessoas a descobrirem quem realmente elas são, ajuda-as a descobrirem seu próprio espírito, sua própria liberdade, sua própria alegria, felicidade e amor.
Todos nós fomos educados pelo medo. é o resultado da domesticação da infância. o medo é a origem da realidade que percebemos ao nosso redor. O medo é a fonte da doença, da guerra, da alienação da alegria que é nosso direito hereditário.
As nossas emoções atraem atenção de seres de uma espécie semelhante, portanto devemos ser cuidadosos com o tipo de emoções que estamos transmitindo. Nós viemos de Deus. Nós somos de Deus. Uma vez que essa verdade seja aceita, podemos desistir do medo, da raiva de nós mesmos, da culpa, da inveja e do sofrimento. As dúvidas sobre nós mesmos destroem a nossa comunicação interior.
O livre arbítrio pode retira-lo da dor do passado e levá-lo na direção da liberdade pessoal. você se liberta de “possessões” e declara o direito de sonhar o seu próprio sonho. Um estado de comunhão é um estado de vibrar na mesma freqüência. em qualquer circunstância render-se é uma maneira de ser feliz.
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O inferno é o sonho combinado que todos os humanos compartilham. Cada indivíduo tem o sonho de uma realidade assim como cada família, cidade, estado, país e a humanidade como um todo. Todos nós contribuímos para o sonho que é caracterizado pelo medo. A Medicina convencional não é suficiente para curar a enfermidade do espírito que se difunde por este planeta. Uma cura definitiva significaria acordar do sonho, e com isso, livrar-se do inferno.
O inferno é um conceito encontrado em mais do que uma religião. O inferno é descrito como um lugar de sofrimento, medo, violência e injustiça, onde todas as pessoas punem todas as outras. O inferno é um estado mental humano, não está no corpo ou na alma. O inferno é a maneira que as pessoas sonham suas vidas.
Gosto de ver o inferno do lado de fora do sonho. A mente é feita de energia etérea. Nós sonhamos 24 horas por dia, quer o nosso cérebro esteja acordado ou adormecido. Geramos idéias que são de energia etérea. A mente cria imaginação, sonhos. O modo como sonhamos nos leva ao sofrimento e à dor emocional.
Sofremos devido à nossa interação com os outros humanos. em nossas interações estamos constantemente julgando para entender. Devido à falta de comunicação é que se cria o caos entre as pessoas, a nossa interpretação da interação humana leva ao sonho do inferno. A maioria dos relacionamentos é estragada pela necessidade de controlar um ao outro. ao formar os seus relacionamentos, você teve uma escolha entre milhares de pessoas. Quando você escolhe uma pessoa para amar, precisa selecionar alguém que seja a pessoa certa. Você precisa de um parceiro que o aceite como você é, porque você vai permanecer como é. Se você deseja modificar alguém, sem se modificar, é melhor procurar por outra pessoa, caso contrário estará criando seu próprio pesadelo.
O inferno é uma doença da mente da humanidade.O mundo inteiro é um hospital. Cada humano se torna um demônio para o resto dos humanos e os mantém no inferno. cada vez que nos lembrarmos dos erros de nosso companheiro, nós o fazemos pagar novamente. Usamos chantagem emocional.
Usamos a culpa e a acusação para controlarmos as pessoas que amamos. Fazemos promessas, acreditamos que nossa opinião é a mais importante. A culpa é uma emoção inventada pelo homem para nos fazer sofrer por alguma coisa que realmente queremos fazer. Quão ridículo é sofrermos por algo que queremos.
O inferno só existe na mente humana. É uma ilusão baseada no medo. no inferno, só há injustiças. o inferno é experimentado como o veneno emocional da raiva, da inveja e da cobiça. Nem seu corpo, nem sua alma têm um inferno. Eles reagem ao que está na mente. Se você tem olhos de raiva ou tristeza, isto irá distorcer sua visão. Olhos de amor tornam tudo mais bonito. Os nossos olhos são. os nossos olhos são dominados pelo modo como julgamos.
A ilha do inferno, fica no oceano do inferno. Este oceano contém todos os medos do desconhecido, e, os nossos medos são o nosso sonho do inferno. O nosso sonho forma os filmes interiores que carregamos conosco para todos os lugares. Somos o produtor, o diretor e o protagonista nesses filmes carregados de medo. Na ilha do inferno, temos ilusão de que estamos seguros. É um lugar na mente onde acumulamos tudo o que nos pertence. Pensamos : “Esta é a minha família, a minha casa, o meu dinheiro, o meu carro, a minha carreira, as minhas realizações, e nos sentimos mais seguros na medida em que tornamos essa ilha cada vez maior, com mais e mais apegos ao que é nosso. Porém a ilha é regida por um medo de perder qualquer coisa que acalentamos.
Invejamos as ilhas dos outros, sem compreendermos que eles estão presos no inferno de suas zonas de segurança. cada um de nós está preso pelas ilusões que acumulamos em nossas ilhas. Só existe uma maneira de escapar da ilha do inferno e alcançar o “Templo do Céu”.
Esse Templo fica na saída do inferno. No caminho de caída a temos que atravessar a avenida dos mortos, onde o mal também existe. Lá estão situados pequenos templos em todos os lados de uma praça, circundando o Templo do Céu.
São nesses pequenos templos que habitam os guardiões que contém o mal gerado por nosso pesadelos. A primeira tarefa ao longo da avenida dos mortos é privar-se o máximo possível de julgar e exorcizar a vítima de sua mente.
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Você pode mudar o filme interior porque você é o diretor, roteirista e ator, e tem todo o poder para mudar a história em que está vivendo. Desapegar-se e enfrentar o medo exige um ato de coragem. isso é verdadeiro em todas as tradições do mundo. Para atingirmos a beatitude, precisamos nos entregar, bem como as ilusões do que pensamos que somos, ao Anjo da Morte.
Nossas ilusões fazem o nosso inferno. O inferno é o local dos fantasmas. os fantasmas têm a sensação de estarem vivos. viver no inferno é ser um fantasma.
Paradoxalmente precisamos morrer (morte simbólica) para a nossa vida anterior para escaparmos do inferno. Morrer (em vida) nos leva à claridade. Iremos reconhecer que àquilo que acreditamos ser real era uma ilusão.
O regente do inferno é o medo. um dos grandes demônios do inferno é o “juiz”e o outro é a “vítima”. Porém, o maior demônio é nosso sistema de crença que rege o modo como sonhamos. Encontramo-nos na Ilha do Inferno porque temos medo de abrir mão de nossos apegos. O verdadeiro significado de todo o altar é sugerir uma rota para Deus.
Os medos da mente de um humano tornam-se maiores quando são projetados exteriormente. a nossa comunidade é uma sociedade do medo, da injustiça e da punição.
Os nossos adolescentes estão se matando uns aos outros, e encontramos crimes e ódio em todas as partes do mundo. Até mesmo o nosso entretenimento está crivado de violência.
O Céu é exatamente o oposto do inferno. É um lugar de amor, paz e compreensão, sem nenhum juiz ou vítima. No céu há uma clareza.
Você sabe quem é. Não culpa a si mesmo e nem as outras pessoas. Não precisamos esperar até a morte para irmos para o Céu, porém precisamos chegar lá antes de morrermos.
É muito mais fácil sairmos do sonho do inferno enquanto estamos vivos do que depois que estivermos mortos.
Fonte:http://www.xamanismo.com.br/toltecas/

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