OS TIPOS DIFERENTES DE TAROT
Conheça os baralhos mais famosos do mundo, suas diferenças e importância
A cada ano, mais de 100 baralhos novos chegam às lojas de todo o mundo. São versões de baralhos antigos, criações artísticas a partir de baralhos conhecidos ou mesmo um oráculo totalmente diferente daquele que conhecemos por Tarot. Mas você já se perguntou por que são tantos? Qual é a diferença entre eles? Ou se existem os melhores e os piores nesta lista interminável?
TODO TAROT TEM 78 CARTAS
Aliás, o que deve ficar bem claro é que Tarot é todo conjunto de 78 cartas que se divide em dois grupos: os 22 Arcanos Maiores e os 56 Menores , sendo que 16 desses são as quatro cartas das quatro Cortes - Paus, Copas, Espadas e Ouros. Essa é a estrutura considerada tradicional, já que desde a Idade Média os maços eram comercializadas com este número específico de cartas.
No decorrer do tempo, com a divulgação massiva do Tarot enquanto instrumento de previsão, vários cursos introdutórios e formadores foram e ainda são oferecidos. Boa parte dessas atividades adota apenas os 22 Arcanos Maiores e deixa de lado os 56 Menores, como se essa nomenclatura diminuísse a importância deles. Independente de serem usados os Menores ou não, de acordo com a dificuldade de memorização ou de combinação que possa surgir, para que o oráculo seja considerado Tarot, ele deve ter necessariamente essas 78 cartas - nem uma a mais e nem a menos.
OS DIVERSOS TIPOS DE TAROT
Os primeiros baralhos de Tarot de que se tem notícia datam do século XIV, quando a produção era bastante simples, já que a tecnologia do período renascentista em diante, até o século XVIII, permitia a impressão com apenas algumas cores. No século XIX, com o avanço dos processos gráficos, novas versões dos antigos baralhos acabaram sendo desenvolvidas, publicadas e popularizadas. Novos artistas, novas impressões e novas possibilidades de interpretação que abriram as portas do mercado editorial. Entretanto, apesar de tantos baralhos disponíveis no mercado, é importante frisar que a estrutura clássica se mantém na maioria deles.
Dentre os mais variados tipos de Tarot disponíveis no mercado, citamos quatro dos mais importantes da literatura esotérica e mais usados de todos os tempos.
TAROT DE MARSELHA
Conhecido no mundo inteiro, o Tarot de Marselha é um dos baralhos mais antigos e ainda hoje usados. Embora não se tenha documentos que atestem sua existência antes do século XIV, é dito que o provável berço do Tarot de Marselha seja o norte da Itália, logo introduzido na França, especificamente no sul, onde passou a ser copiado e comercializado como um instrumento lúdico. Suas imagens são medievais, assim como suas cores primárias, devido aos recursos gráficos da época.
Sendo um baralho clássico, estrutural e conceitual, dele deriva a maioria dos baralhos de Tarot lançados desde o século XVIII. O Tarot Personare é uma versão do tradicional marselhês.
Fonte:http://www.personare.com.br/os-tipos-diferentes-de-tarot-m5501
Sendo um baralho clássico, estrutural e conceitual, dele deriva a maioria dos baralhos de Tarot lançados desde o século XVIII. O Tarot Personare é uma versão do tradicional marselhês.
RIDER-WAITE TAROT
O Tarot mais vendido em todo o planeta foi concebido pelo ocultista inglês Arthur Edward Waite e executado por Pamela Colman Smith, escritora e prolífica ilustradora inglesa. O baralho completo veio a público em 1910, mesmo ano que seu livro, "The Pictorial Key to the Tarot", editado pela "Rider&Son" de Londres. Dentre todas as alterações que seus criadores fizeram na estrutura tradicional (como trocar de número os arcanos 8, "A Justiça" e 11, "A Força"), o grande efeito prático deste baralho está nas 40 ilustrações dos Arcanos Menores numerados. Onde se via apenas três taças no arcano "Três de Copas" dos baralhos tradicionais, no Tarot de Waite vemos uma cena de celebração entre três donzelas que brindam com seus respectivos cálices. Devido a essa inovação, com vários clones sendo desenvolvidos e comercializados, grande parte dos baralhos lançados até o momento recebem suas influências.
Uma das personalidades mais polêmicas do universo esotérico que criou seu próprio Tarot foi o escritor e mago inglês Aleister Crowley. Entre 1938 e 1943, ele uniu forças à artista plástica Frieda Harris para compor as 78 cartas do seu baralho de Tarot, considerado por estudiosos como o legado de todo o conhecimento de Crowley.
O Tarot de Thoth, também título de um livro publicado no ano de 1944, trazia descrições e correspondências dos arcanos com a Astrologia, poemas e hinos relacionados a cada uma das cartas e algumas sugestões de uso. O baralho é atribuído a Thoth, deus egípcio da escrita e do conhecimento, que dizem ter deixado um livro com todos os seus saberes. Embora muitos esotéricos até hoje acreditem que esse livro tenha dado origem ao Tarot, as pesquisas históricas descartam essa hipótese.
A repaginação arquitetada por Crowley e executada por Harris impressiona colecionadores e leitores de Tarot do mundo todo por suas associações entre imagens tradicionais e figuras mitológicas (como, por exemplo, "A Sacerdotisa", representada como a deusa romana Diana, protetora das virgens e grande senhora da caça). As nomenclaturas dos arcanos sofrem algumas alterações consideráveis, mas a mais marcante é a troca dos Pajens por Princesas, Cavaleiros por Príncipes e Reis por Cavaleiros. Essas mudanças fizeram com que muitos baralhos influenciados pelas associações de Crowley fossem concebidos e lançados com essas alterações, embora quase sempre a troca do Rei pelo Cavaleiro não se sustente. Os baralhos derivados dos de Waite e Crowley trazem comumente Reis, Rainhas, Príncipes (ou Cavaleiros) e Princesas (Pajens). Além das alterações estéticas que Crowley e Harris empreenderam com sucesso, os Arcanos Menores, com exceção dos quatro Ases, receberam títulos afinados aos seus respectivos atributos oraculares. Exemplos: O "Dois de Copas" é chamado de "Amor" e o "Cinco de Espadas", de "Derrota".
TAROT MITOLÓGICO
O Tarot Mitológico foi desenvolvido pela astróloga americana Liz Greene em parceria com a taróloga Juliette Sharman-Burke e concebido pela artista plástica Tricia Newell. Desde o seu lançamento pela editora Fireside em 1986, o baralho é também um dos mais traduzidos e vendidos em todo o mundo. Adaptando as imagens medievais às diversas personagens e passagens da mitologia grega, até hoje se propaga a ideia errada de que este é o Tarot "mais fácil" para se aprender. Embora seja uma contribuição relevante ao universo artístico do Tarot, nenhum profissional que pesquisa a história e a simbologia do oráculo sugere seguir à risca as associações oferecidas. Manter atrelados o arcabouço simbólico do Tarot e a profundidade de um mito acaba confundindo leigos e limitando tanto o oráculo quanto a narrativa grega. É um fenômeno de vendas que merece atenção e cuidado.
Apesar do rico simbolismo e das inovações destes baralhos que merecem igualmente longo e árduo estudo, pouca coisa muda em uma leitura, já que em essência eles preservam a estrutura tradicional do padrão marselhês. Tanto Waite quanto Crowley, às suas maneiras, foram fiéis aos atributos clássicos das cartas. O que realmente importa é o uso que se faz de determinado baralho. A única condição, como já vimos, é que um Tarot só é de fato um Tarot se possui os 22 Arcanos Maiores e os 56 Menores. Hoje, com o mercado cada vez mais amplo, é possível escolher o Tarot que melhor se adapta ao gosto visual do intérprete.
O Tarô Mitológico
Sonia Blota Belotti
O Tarô Mitológico ou Tarô Mítico (The Mythic Tarot) foi criado por Juliet Sharman-Burke em co-autoria com Liz Greene, conhecida astróloga inglesa. As ilustrações das cartas ficaram a cargo de Tricia Newell.
Esse trabalho veio a público em 1988 e no mesmo ano ganhou uma versão brasileira, com tradução de Anna Maria Dalle Luche, publicada pelas Edições Siciliano.
Nada melhor, para começar, que algumas palavras das autoras retiradas da introdução do livro O Tarô Mitológico, uma nova abordagem para a leitura do Tarô:
Existem duas alternativas para a abordagem das cartas do Tarô. A abordagem histórica, basicamente factual e concreta, e a abordagem psicológica, basicamente arquetipica. Com a primeira, podemos explicar — ou pelo menos tentar explicar — as origens e as primeiras intenções das cartas. A segunda, porém, conduz a uma questão de fascínio eterno, a psique, muito embora sejamos atualmente muito desenvolvidos do ponto de vista científico e dotados de conhecimentos bastante extensos.
No mundo da psique, as experiências não estão ligadas pela casualidade, mas pelo significado. Existem outros padrões, que não os concretos, operando dentro de nós e, a menos que possamos compreender alguma coisa sobre a psique, as estranhas coincidências das cartas do Tarô poderão se apresentar diante de nós como altamente assustadoras ou mesmo profundamente perturbadoras.
O livro O Tarô Mitológico com o jogo completo de 78 cartas pode ser adquirido
na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br
As ligações entre os fatos de nossa vida cotidiana e o Tarô não existem porque as cartas sejam mágicas, mas sim porque há um significado associado.
É o que queremos dizer com o nascimento, a morte a puberdade enquanto experiências externas e internas. Deparamo-nos com essas experiências em diferentes níveis e em diferentes momentos da vida e dessa maneira haverá sempre uma carta do Tarô que poderá descrever cada uma delas e que irá aparecer misteriosamente num jogo, sem qualquer motivo aparente, num momento em que estejamos experimentando, talvez interiormente, aquela situação arquetipica. Dessa maneira, a forma como o Tarô opera com relação à previsão nada mais é de que uma espécie de espelho da psique.
A natureza arquetipica das imagens aciona um reflexo no intérprete que vislumbra uma situação talvez desconhecida, uma espécie de insight, em relação ao consulente, revelando aparentemente coisas
que não poderiam ocorrer ou aparecer em nenhuma outra circunstância racional. É por essa razão que a clarividência ou outras manifestações paranormais não são pré-requisitos para um leitor sensível, mas representam na verdade a conscientização dos padrões arquetipicos ou as correntes de forças que atuam em nossa vida e que são refletidas pelas imagens das cartas do Tarô.
Os arcanos maiores
Os arcanos maiores nesse tarô compõem uma série de imagens que descrevem diferentes estágios de uma viagem.
É a viagem do Louco que é a primeira carta da seqüência e, portanto, não tem número.
Trata-se da viagem da vida que todos os homens fazem desde o nascimento, onde percorrem uma infância protegida, representada aqui pelas cartas do Mago, da Imperatriz, do Imperador, da Sacerdotisa e do Hierofante; passa a seguir por uma adolescência conflituosa, aqui representada pelas cartas dos Enamorados e do Carro.
Caminha, a seguir, pela maturidade com seus desafios, perdas e tomadas de decisões, que podem ser representadas pelas cartas da Justiça, da Temperança, da Força e do Eremita.
Em momentos importantes atravessamos crises, perdas e súbitas mudanças de vida representadas pelas cartas da Roda da Fortuna, do Enforcado e da Morte.
Segue-se o despertar para a transformação, num confronto consigo mesmo representado pelas cartas do Diabo e da Torre, até chegar
à realização do objetivo, representado aqui através das cartas da Estrela, da Lua e do Sol.
O Sol, por sua vez, conduz o homem para uma nova viagem, antes fechando o ciclo através das cartas do Julgamento e do Mundo.
Os símbolos dos arcanos maiores dão mais sentido à vida, pois muitos outros antes de nós já passaram por isso e ultrapassaram os obstáculos.
Nenhuma das 22 cartas pode ser considerada totalmente positiva ou totalmente negativa, elas devem ser consideradas etapas mais fáceis ou mais difíceis dependendo do tipo de experiência e do investimento de energia que estamos dispostos a oferecer para esse processo.
Esta viagem é um processo dinâmico e deve ser considerado como um espiral com estágios que podem passar pelo mesmo tema, mas sempre com um nível mais alto de amadurecimento em relação a ele.
Os arcanos menores
Os quatro naipes do tarô simbolizados pela taça (copas), pelo bastão (paus), pela espada(espada) e pelo pentáculo (ouro) descrevem as histórias mitológicas nas quatro dimensões ou esferas da vida.
Na filosofia grega se acreditava que todas as coisas manifestadas eram feitas através dos quatro elementos. Nesse caso o naipe de copas (taça) corresponde ao antigo elemento água e ao mundo dos sentimentos, o símbolo da taça sempre esteve relacionado com o coração. O naipe de paus (bastão) corresponde ao antigo elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado, e está ligado ao fazer e à criatividade. O naipe de espadas corresponde ao antigo elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente e do pensamento. O naipe de ouros (pentáculo) corresponde ao antigo elemento terra, a experiência do corpo e ao dinheiro.
De um modo geral, os naipes ou elementos desdobram em detalhes e em um nível pessoal maior, a viagem arquetípica retratada pelas 22 cartas dos arcanos maiores.
Cada naipe focaliza em detalhe um aspecto daquele ciclo maior.
O naipe de copas conta a lenda de Eros e Psique, uma aventura especifica da evolução e o amadurecimento dos sentimentos.
Os desenhos do naipe de copas mostram desde um amor idealizado, uma projeção de paixão irreal, a passagem por muitas provações e dificuldades até que esse amor possa ser humanizado e compartilhado com as pessoas ao redor.
O naipe de paus conta a história de Jazão e os Argonautas em busca do Velocino de Ouro, uma aventura que gira em torno da imaginação do homem e do quão longe ele consegue chegar em nome dos seus ideais.
Os desenhos do naipe de paus mostram um Jazão inexperiente aceitando uma missão difícil, a sucessão de aventuras sem descanso, o impulso sem racionalidade de se lançar às coisas e não pensar a respeito delas, a competição e a ambição e, por fim, o equilíbrio entre a liderança e a realidade das suas próprias forças.
O naipe de espadas fala da história de Orestes e a maldição da Casa de Atreu, lenda fúnebre repleta de conflitos e derramamento de sangue que ilustra um momento da viagem do louco cheio de turbulências, brigas, mas também de criatividade: a capacidade da mente humana de criar o bem e o mal.
Os desenhos do naipe de espadas se iniciam com um crime depois com grandes mudanças na vida de Orestes pelas batalhas que tem de travar, pelo medo das coisas que deve encarar e a sabedoria de discernir entre o saber quando agir e quando se preservar. O final do ciclo é saber usar os atributos das estratégias da mente em sua forma mais perfeita.
O naipe de Ouros conta a história de Dédalo, escultor e artesão que construiu o labirinto do Minotauro. É uma lenda sutil e seu herói tem muitas nuances, pois é, na realidade, um misto de vilão e de homem bom. Esse mito retrata os problemas e as vitórias que o homem consquista ao lidar com fracassos e recompensas.
Os desenhos das cartas começam com o naipe de ouros. Dédalo no inicio de sua ascensão, quando desenvolve suas habilidades, saboreia os primeiros frutos do seu trabalho, começa se prender demais ao seu dinheiro até que perde tudo que juntou e tem de descobrir novos talentos para sair dessa crise.
dez.07
Contato com a autora
Sonia Belotti - www.teias.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores
Mais estudos sobre o Tarô Mitológico
• O caminho do amor - as cartas de Copas no Tarô Mitológico. Titi Vidal apresenta uma síntese do mito de Eros e Psiquê: As cartas de 1 a 10
• Do Ás ao 10 de Paus no Tarô Mitológico. Geraldo Spacassassi faz um estudo didático das cartas do tarô mitológico e de sua equivalência no Baralho Lenormand: O naipe de paus
• Tarô Mitológico - relato pessoal. O tarólogo Geraldo Spacassassi conta a história do seu encontro com o tarô de Juliet Sharman-Burke e Liz Greene: O presente de um amigo
atualização: set.13
O livro O Tarô Mitológico com o jogo completo de 78 cartas pode ser adquirido
na loja virtual especializada em tarô e parceira do Clube do Tarô: www.simbolica.com.br
O Tarot Mitológico foi desenvolvido pela astróloga americana Liz Greene em parceria com a taróloga Juliette Sharman-Burke e concebido pela artista plástica Tricia Newell. Desde o seu lançamento pela editora Fireside em 1986, o baralho é também um dos mais traduzidos e vendidos em todo o mundo. Adaptando as imagens medievais às diversas personagens e passagens da mitologia grega, até hoje se propaga a ideia errada de que este é o Tarot "mais fácil" para se aprender. Embora seja uma contribuição relevante ao universo artístico do Tarot, nenhum profissional que pesquisa a história e a simbologia do oráculo sugere seguir à risca as associações oferecidas. Manter atrelados o arcabouço simbólico do Tarot e a profundidade de um mito acaba confundindo leigos e limitando tanto o oráculo quanto a narrativa grega. É um fenômeno de vendas que merece atenção e cuidado.
Apesar do rico simbolismo e das inovações destes baralhos que merecem igualmente longo e árduo estudo, pouca coisa muda em uma leitura, já que em essência eles preservam a estrutura tradicional do padrão marselhês. Tanto Waite quanto Crowley, às suas maneiras, foram fiéis aos atributos clássicos das cartas. O que realmente importa é o uso que se faz de determinado baralho. A única condição, como já vimos, é que um Tarot só é de fato um Tarot se possui os 22 Arcanos Maiores e os 56 Menores. Hoje, com o mercado cada vez mais amplo, é possível escolher o Tarot que melhor se adapta ao gosto visual do intérprete.
Apesar do rico simbolismo e das inovações destes baralhos que merecem igualmente longo e árduo estudo, pouca coisa muda em uma leitura, já que em essência eles preservam a estrutura tradicional do padrão marselhês. Tanto Waite quanto Crowley, às suas maneiras, foram fiéis aos atributos clássicos das cartas. O que realmente importa é o uso que se faz de determinado baralho. A única condição, como já vimos, é que um Tarot só é de fato um Tarot se possui os 22 Arcanos Maiores e os 56 Menores. Hoje, com o mercado cada vez mais amplo, é possível escolher o Tarot que melhor se adapta ao gosto visual do intérprete.
O Tarô Mitológico | ||||||||||||||||||||||
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O Tarô Mitológico ou Tarô Mítico (The Mythic Tarot) foi criado por Juliet Sharman-Burke em co-autoria com Liz Greene, conhecida astróloga inglesa. As ilustrações das cartas ficaram a cargo de Tricia Newell. | ||||||||||||||||||||||
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No mundo da psique, as experiências não estão ligadas pela casualidade, mas pelo significado. Existem outros padrões, que não os concretos, operando dentro de nós e, a menos que possamos compreender alguma coisa sobre a psique, as estranhas coincidências das cartas do Tarô poderão se apresentar diante de nós como altamente assustadoras ou mesmo profundamente perturbadoras. | ||||||||||||||||||||||
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As ligações entre os fatos de nossa vida cotidiana e o Tarô não existem porque as cartas sejam mágicas, mas sim porque há um significado associado. | ||||||||||||||||||||||
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que não poderiam ocorrer ou aparecer em nenhuma outra circunstância racional. É por essa razão que a clarividência ou outras manifestações paranormais não são pré-requisitos para um leitor sensível, mas representam na verdade a conscientização dos padrões arquetipicos ou as correntes de forças que atuam em nossa vida e que são refletidas pelas imagens das cartas do Tarô. | ||||||||||||||||||||||
Os arcanos maiores | ||||||||||||||||||||||
Os arcanos maiores nesse tarô compõem uma série de imagens que descrevem diferentes estágios de uma viagem. | ||||||||||||||||||||||
É a viagem do Louco que é a primeira carta da seqüência e, portanto, não tem número. | ||||||||||||||||||||||
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Os arcanos menores | ||||||||||||||||||||||
Os quatro naipes do tarô simbolizados pela taça (copas), pelo bastão (paus), pela espada(espada) e pelo pentáculo (ouro) descrevem as histórias mitológicas nas quatro dimensões ou esferas da vida. | ||||||||||||||||||||||
Na filosofia grega se acreditava que todas as coisas manifestadas eram feitas através dos quatro elementos. Nesse caso o naipe de copas (taça) corresponde ao antigo elemento água e ao mundo dos sentimentos, o símbolo da taça sempre esteve relacionado com o coração. O naipe de paus (bastão) corresponde ao antigo elemento fogo que a tudo transforma sem ser alterado, e está ligado ao fazer e à criatividade. O naipe de espadas corresponde ao antigo elemento ar e está relacionado ao poder ambivalente da mente e do pensamento. O naipe de ouros (pentáculo) corresponde ao antigo elemento terra, a experiência do corpo e ao dinheiro. | ||||||||||||||||||||||
De um modo geral, os naipes ou elementos desdobram em detalhes e em um nível pessoal maior, a viagem arquetípica retratada pelas 22 cartas dos arcanos maiores. | ||||||||||||||||||||||
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Os desenhos do naipe de copas mostram desde um amor idealizado, uma projeção de paixão irreal, a passagem por muitas provações e dificuldades até que esse amor possa ser humanizado e compartilhado com as pessoas ao redor. | ||||||||||||||||||||||
O naipe de paus conta a história de Jazão e os Argonautas em busca do Velocino de Ouro, uma aventura que gira em torno da imaginação do homem e do quão longe ele consegue chegar em nome dos seus ideais. | ||||||||||||||||||||||
Os desenhos do naipe de paus mostram um Jazão inexperiente aceitando uma missão difícil, a sucessão de aventuras sem descanso, o impulso sem racionalidade de se lançar às coisas e não pensar a respeito delas, a competição e a ambição e, por fim, o equilíbrio entre a liderança e a realidade das suas próprias forças. | ||||||||||||||||||||||
O naipe de espadas fala da história de Orestes e a maldição da Casa de Atreu, lenda fúnebre repleta de conflitos e derramamento de sangue que ilustra um momento da viagem do louco cheio de turbulências, brigas, mas também de criatividade: a capacidade da mente humana de criar o bem e o mal. | ||||||||||||||||||||||
Os desenhos do naipe de espadas se iniciam com um crime depois com grandes mudanças na vida de Orestes pelas batalhas que tem de travar, pelo medo das coisas que deve encarar e a sabedoria de discernir entre o saber quando agir e quando se preservar. O final do ciclo é saber usar os atributos das estratégias da mente em sua forma mais perfeita. | ||||||||||||||||||||||
O naipe de Ouros conta a história de Dédalo, escultor e artesão que construiu o labirinto do Minotauro. É uma lenda sutil e seu herói tem muitas nuances, pois é, na realidade, um misto de vilão e de homem bom. Esse mito retrata os problemas e as vitórias que o homem consquista ao lidar com fracassos e recompensas. | ||||||||||||||||||||||
Os desenhos das cartas começam com o naipe de ouros. Dédalo no inicio de sua ascensão, quando desenvolve suas habilidades, saboreia os primeiros frutos do seu trabalho, começa se prender demais ao seu dinheiro até que perde tudo que juntou e tem de descobrir novos talentos para sair dessa crise. | ||||||||||||||||||||||
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AFINAL, QUAL É O MELHOR?
A constante remodelagem do Tarot deve ser encarada como um avanço tecnológico, um advento artístico e também um filão editorial, já que são praticamente infinitas as possibilidades de criação a partir da estrutura tradicional. O que é difícil é resistir aos mais variados temas e estilos, já que alguns oferecem cores fortes e traços mais agradáveis que outros. Porém, independente da beleza ou da sofisticação das imagens, a verdade é que todo Tarot funciona com bastante êxito se houver longo e árduo estudo de seus símbolos e verdadeiro respeito às suas imagens. O prudente é sempre optar por um profissional que siga a estrutura tradicional, como é o caso do Tarot usado no Personare. O melhor Tarot sempre vai depender de quem o interpreta.
Entenda os diferentes tipos de tarot e seus aspectos
Durante séculos, o tarot vem sendo utilizado como ferramenta para prever acontecimentos futuros, porém, sua origem ainda é um mistério. Alguns acreditam que ele surgiu no Antigo Egito, outros alegam que vieram da Europa. Encontre aqui diferentes tipos de tarot e entenda seus aspectos.
Independente da sua origem, as 78 cartas do baralho e todos os tipos de tarot têm uma capacidade incrível para desenvolver o autoconhecimento, sendo capaz de mostrar o que se passa no subconsciente dos consulentes.
Durante séculos, o tarot vem sendo utilizado como ferramenta para prever acontecimentos futuros, porém, sua origem ainda é um mistério. Alguns acreditam que ele surgiu no Antigo Egito, outros alegam que vieram da Europa. Encontre aqui diferentes tipos de tarot e entenda seus aspectos.
Independente da sua origem, as 78 cartas do baralho e todos os tipos de tarot têm uma capacidade incrível para desenvolver o autoconhecimento, sendo capaz de mostrar o que se passa no subconsciente dos consulentes.
Diferentes tipos de Tarot e suas características
Cada tarólogo usa um tipo de tarot ou baralho de acordo com seu dom e conhecimento para desvendar e orientar as pessoas.
Cada tarólogo usa um tipo de tarot ou baralho de acordo com seu dom e conhecimento para desvendar e orientar as pessoas.
O tipo de tarot mais famoso: Tarot de Marselha
Entre os diferentes tipos de tarot, o de Marselha é o mais famoso. Composto por 78 cartas, suas imagens são simples e poderosas, sendo esse um dos motivos de ser um dos baralhos mais populares.
Através da leitura das cartas do Tarot de Marselha, é possível desvendar segredos do nosso inconsciente, sendo uma ótima ferramenta para o autoconhecimento.
Entre os diferentes tipos de tarot, o de Marselha é o mais famoso. Composto por 78 cartas, suas imagens são simples e poderosas, sendo esse um dos motivos de ser um dos baralhos mais populares.
Através da leitura das cartas do Tarot de Marselha, é possível desvendar segredos do nosso inconsciente, sendo uma ótima ferramenta para o autoconhecimento.
O Tarot de Crowley
Conhecido por ser um dos tipos de tarot mais elaborados da história, o Tarot de Crowley, ou Tarot de Thoth, foi projetado pelo influente ocultista britânico Aleister Crowley e ilustrado por Lady Frieda Harrys.
Diferente de outros, suas cartas rompem com a iconografia clássica e suas ilustrações são cheias de detalhes, sendo acompanhado por cores fortes e vibrantes. Essas cartas são profundamente bem elaboradas e extremamente difíceis de serem interpretadas.
Esta técnica é muito usada para revelar mensagens ocultas de nossas vidas e proporcionar uma visão mais ampla das pessoas que te cercam.
Conhecido por ser um dos tipos de tarot mais elaborados da história, o Tarot de Crowley, ou Tarot de Thoth, foi projetado pelo influente ocultista britânico Aleister Crowley e ilustrado por Lady Frieda Harrys.
Diferente de outros, suas cartas rompem com a iconografia clássica e suas ilustrações são cheias de detalhes, sendo acompanhado por cores fortes e vibrantes. Essas cartas são profundamente bem elaboradas e extremamente difíceis de serem interpretadas.
Esta técnica é muito usada para revelar mensagens ocultas de nossas vidas e proporcionar uma visão mais ampla das pessoas que te cercam.
O Tarot Egpício
O Tarot Egpício é um poderoso oráculo para quem busca orientação para uma decisão importante, pois através da sua leitura é possível prever acontecimentos futuros e obter respostas diretas para questionamentos objetivos.
Outro motivo que leva as pessoas a se consultarem com o Tarot Egpício é que a técnica estimula seus consulentes a encontrarem respostas dentro de si mesmos.
O Tarot Egpício é um poderoso oráculo para quem busca orientação para uma decisão importante, pois através da sua leitura é possível prever acontecimentos futuros e obter respostas diretas para questionamentos objetivos.
Outro motivo que leva as pessoas a se consultarem com o Tarot Egpício é que a técnica estimula seus consulentes a encontrarem respostas dentro de si mesmos.
Outro tipo de tarot ilustrado com anjos: Tarot dos Anjos
O Tarot dos Anjos é composto por 72 cartas ilustradas com fotos de anjos. Cada carta tem um significado que pode trazer mensagens que orientam o consulente sobre como enfrentar problemas e melhorar seus relacionamentos.
Então, se está se perguntando por qual caminho deve seguir na resolução de um determinado problema, saiba que o Tarot do Anjos pode te oferecer a orientação que você precisa.
Fonte:https://www.astrocentro.com.br/blog/tarologia/tipos-de-tarot/
O Tarot dos Anjos é composto por 72 cartas ilustradas com fotos de anjos. Cada carta tem um significado que pode trazer mensagens que orientam o consulente sobre como enfrentar problemas e melhorar seus relacionamentos.
Então, se está se perguntando por qual caminho deve seguir na resolução de um determinado problema, saiba que o Tarot do Anjos pode te oferecer a orientação que você precisa.
Fonte:https://www.astrocentro.com.br/blog/tarologia/tipos-de-tarot/
O que é o Tarô | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O tarot ou arcanos maiores e menores ou baralho ou cartas de jogar ou naipes e trunfos, consistem numa única e mesma coisa. Trata-se de um jogo de 78 cartas, que se difunde a partir da segunda metade do século 14, na Europa cristã, com iconografia cristã. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Não dispomos de registros históricos que indiquem alguma escola ou corporação de ofício que tenha criado esse conjunto ou feito adaptações de jogos tradicionais anteriores. Tudo indica que ganhou a forma que hoje conhecemos pelas mãos de artistas e artesões que tinham conhecimentos e habilidades adquiridas entre os edificadores dos palácios e igrejas no período pré-renascentista, bem como suas pinturas, imagens e vitrais. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
É importante lembrar, do ponto de vista histórico, que existe um exemplar de baralho com 52 cartas, anterior às versões que hoje conhecemos. Trata-se do baralho Mamlûk, utilizado pelos guerreiros mamelucos e que, evidentemente, tiveram suas cartas copiadas pelos impressores europeus. Continua uma incógnita, até hoje, quais foram os autores dos 22 trunfos (arcanos maiores) agregados ao modelo do baralho mameluco. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Dada sua origem anônima, isenta de instruções e regras dogmáticas, esse jogo de cartas deu margem a incontáveis fantasias e re-invenções mais ou menos arbitrárias. Desde seu aparecimento foi utilizado por nobres e plebeus, para jogos, passatempos e, ao que tudo indica, como instrumento de mancias. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
O cenário imaginativo que cerca o Tarô, profuso e contraditório, confunde o iniciante interessado em compreender sua linguagem simbólica. Esse jogo maravilhoso, portanto, representa um real desafio para o estudo. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Se dependêssemos, por exemplo, apenas dos dicionários para saber o significado do Tarô, teríamos informações muito pobres e distorcidas. O Aurélio é lacônico: "Tarô. Coleção de 78 cartas, maiores que as do baralho, de desenho diverso, usadas sobretudo por cartomantes". Essa definição revela o desconhecimento de que "tarô" e "baralho" vêm da mesma fonte e, também, de que as 78 cartas não ficam apenas em mãos de cartomantes e são objeto de estudos simbólicos e aplicações terapêuticas, de elaborações de pintores e artistas gráficos. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Os dicionaristas esqueceram, ainda, de informar que a parte do tarô, que constitui o baralho comum, é também utilizado por cartomantes e, igualmente, como fonte de lazer nos lares, nos clubes e cassinos. São produzidos no mundo todo e movimentam milhões de dólares. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
O dicionário Houaiss oferece um pouco mais: "Tarô. Conjunto de 78 cartas de baralho (também ditas lâminas) ilustradas por figuras simbólicas e usado para supostamente predizer o futuro e conhecer o que, no passado ou no presente, se encontra velado. O baralho é constituído de 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores". Neste caso, os dicionaristas desconheciam que, na prática vigente até hoje, grande número de cartomantes utilizam o baralho comum e não as versões mais caras e variadas conhecidas como "tarô". | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
O Louco, 1. O Mágico, 4. O Imperador, 6. Os Enamorados e 19. O Sol. Arcanos Maiores do Tarô de Marselha, Editora Camoin | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Para continuar nessa linha genérica de definição, podemos esclarecer que: | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Ás, Dois, Três... Nove e Dez de Copas. Arcanos Menores no Tarô de Marselha, Ed. Grimaud | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Valete, Cavaleiro, Rainha e Rei de Ouros no Tarô Visconti Sforza - 1450 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Para acrescentar um simples comentário a essa descrição sumária do Tarô, podemos lembrar que os quatro naipes – Paus, Ouros, Espadas e Copas – correspondem aos quatro elementos tradicionais – Fogo, Terra, Ar e Água – representação simbólica das forças-qualidades constitutivas do universo, que aparecem na Astrologia, na Alquimia, na Cabala, nos textos sagrados, como é o caso do Gênesis, dos Evangelhos. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Os ases e suas correspondências simbólicas com os quatro elementos: Copas (água), Espadas (ar), Ouros (terra) e Paus (fogo) no Tarot de Mitelli - 1665 | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Um sentido esotérico...
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O Tarô pode, enfim, ser entendido como uma linguagem simbólica que traduz o cosmo em sua constituição e eterna mudança, em sua estrutura e dinâmica. Ele aparece na Europa, num momento em que várias escolas esotéricas e corporações de artistas, buscavam transmitir conhecimentos, não por palavras, mas por imagens que convidavam à reflexão, à investigação, para serem corretamente assimiladas. É o caso, por exemplo, dos mestres e praticantes da Alquimia, que produziram livros de gravuras, sem maiores comentários por escrito, conhecidos como Mutus Liber, ou seja, Livro Sem Palavras, livro mudo... | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Os 22 arcanos maiores, entre outros significados possíveis, descreveriam as 21 etapas evolutivas que o homem – representado pelo Louco – pode percorrer em sua vida. O número 21 (= 3 x 7) também resulta da combinação de duas leis fundamentais do universo: a Lei de Três (“tudo, para existir, necessita de três forças”) e a Lei de Sete, ou Lei das Oitavas (“tudo se manifesta num processo de sete passos ou fases”). | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Do mesmo modo que outros grandes sistemas simbólicos, o Tarô é apreciado como uma instigante fonte de inspiração e de aplicação em variadas situações e propósitos. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
... e um sentido lúdico
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Os registros históricos, a partir do século 14, mencionam a utilização das cartas apenas como fonte de lazer, em jogos e passatempos. Essa função lúdica permanece viva até hoje, pois o que chamamos de jogos de baralho ou baralho comum, é exatamente o mesmo conjunto que os escritores modernos denominam arcanos menores. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Para mantermos uma atitude aberta em relação ao Tarô é bom não esquecer que esse conjunto simbólico sobreviveu até hoje e se difundiu, não em razão do seu sentido mais profundo, mas pelo interesse que despertou como jogo de lazer ou de apostas a dinheiro e, também, como instrumento de cartomancia. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Tal como um verdadeiro Mutus Liber, o Tarô não veio acompanhado de normas ou dogmas, para ser utilizado obrigatoriamente deste ou daquele modo; todas as regras que hoje conhecemos foram inventadas posteriormente. Portanto, as normas e regras de utilização que lemos e ouvimos, as afirmações do que é certo ou errado, devem ser compreendidas de modo muito relativo e flexível. Os verdadeiros autores do Tarô, aqueles que sabiam do que se tratava, permaneceram anônimos e sem palavras. Ninguém, hoje em dia, pode se arvorar em autoridade para falar em nome dos mestres originais. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
O Tarô permance um desafio em aberto. O que podemos fazer é nos associarmos para tentar decifrar os símbolos e ensinamentos que se ocultam sob o conjunto das 78 cartas. E para fugir aos erros da subjetividade, nada melhor que trabalhar em grupo, partilhar, colocar à prova nossas reflexões. É esse o propósito do Clube do Tarô. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
Constantino K. Riemma - ckr@clubedotaro.com.br
Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores | ||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Atualizado: fevereiro.16
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Para obter uma visão geral do baralho, de sua história e de
suas incontáveis aplicações e reinvenções siga os links abaixo : |
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As múltiplas faces do Esoterismo e o Tarô | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O jogo de baralho já circulava por volta de quatro séculos na Europa, com finalidade de lazer, quando começaram a ser divulgados os primeiros estudos sobre seus aspectos simbólicos ou esotéricos e suas possíveis ou imaginárias origens ocultas. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Apresentamos, a seguir, uma súmula sobre cada figura marcante nessa nova e crescente linha de abordagem das cartas, incluindo links para estudos de aprofundamento. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Court de Gebelin | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Etteilla - Jean-Baptiste Alliette | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Mais franceses | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Eliphas Levi | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Autor respeitado, Eliphas Levi (1810-1875) foi um filósofo, esoterista, que se dedicou ao estudo dos símbolos e que deixou muitos seguidores. Seminarista da Igreja Católica Romana, artista plástico, seu nome verdadeiro era Alphonse Louis Constant. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Stanilas de Guaita | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Outros nomes também se destacam nesse período efervescente, como é o caso de Stanislas de Guaita (1861-1897), fundador da "Ordem Kabalística da Rosacruz", que congregou muitos dos assim chamados "ocultistas" e "magos". | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Oswald Wirth | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Nesse sentido, embora fosse maçom, seu trabalho não constituiu um "tarô maçônico", exclusivo, como alguns defendem, a menos que também se considere os desenhos dos antigos "cartiers" franceses, entre eles o jogo marselhês, como herdeiros dos antigos construtores das catedrais, o que aí, sim, seria cabível. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Papus - Gérard Encause | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Embora seja muito mais popular que Eliphas Levi e Oswald Wirth, há estudiosos, entre entre eles P. Ouspensky, que apontam deslizes e generalizações indevidas em seus textos. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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René Guénon | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Na segunda metade do séc. 19 amplia-se a quantidade de escritores e publicações ligados ao esoterismo. Proliferam ordens, irmandades, sociedades, lojas, sob várias designações: rosacruzes, maçônicas, ocultistas, templárias, esotéricas, mágicas, secretas... Joio e trigo se misturam irremediavelmente. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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René Guénon teve força e coragem para remar contra a maré e dedicou sua vida ao estudo e à transmissão do saber que se encontra além da ciência moderna. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Os ingleses | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Na esteira do que se passa no continente europeu, a Inglaterra é igualmente palco para personagens que incluem o Tarô em seus estudos. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
MacGregor Mathers | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Arthur Waite | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Aleister Crowley | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Dois russos: estudos em profundidade | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Entre os estudos muito importantes sobre os fundamentos simbólicos do tarô, alguns deles representam um verdadeiro desafio para os iniciantes. É o caso de dois autores russos – Mebes e Tomberg – produziram obras que vão muito além do esoterismo para consumo em feiras e bijuterias. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
G. O. Mebes | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O professor e esoterista russo Gregory Ottonovich Mebes morreu em campo de concentração do regime comunista. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
O que nos restou de seus cursos foram anotações de alunos, portanto sem muitas explicações de detalhes para aqueles que desconhecem a simbólica da Árvore de Vida e não participavam diretamente do contexto prático em que Mebes realizava o seu trabalho. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Mebes está longe do papel de personalidade popular, mas deixou para a posteridade importantes estímulos para novas direções de pesquisa sobre as cartas ao estabelecer inusitados nexos entre símbolos cabalísticos e os arcanos maiores e menores. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Valentim Tomberg | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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O cenário nas Américas | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Dada a receptividade do tarô nas Américas, muitos livros foram publicados com ampla diversificação de público e de propósitos. Na maior parte dos casos consistem em manuais de introdução e estudo prático das cartas. Não vieram à luz pesquisas e tratados como aqueles que foram elaborados por autores europeus. A notável exceção, nesse sentido, é o trabalho do argentino J. Iglesias Janeiro, autor de La Cábala de Predición e criador de um tarô egípcio que obteve grande aceitação e que foi reproduzido inclusive pela USGames, a importante editora norte-americana de baralhos. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Entre os norte-americanos destaca-se a figura de Paul Foster Case, que se vinculou a fontes européias de linha rosa-cruz e Golden Down, entre outras. Escreve um livro sobre o tarô no qual revê e redesenha as cartas de Waite. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Também podem ser encontradas muitas adaptações do baralho tradicional às múltiplas referências culturais que ganharam espaço no continente, como é o caso das tradições africanas, indígenas, e do cenário cigano. Tratam-se, porém, na grande maioria dos casos de edições dos próprios autores, com distribuição limitada. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Indicamos, abaixo, links para artigos, resenhas e produções artísticas produzidos nas Américas ligados ao tarô: | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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Cartas, lâminas, arcanos | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
No clima europeu do século XIX, em que o Tarô foi revalorizado pelos estudiosos de temas esotéricos, torna-se compreensível que seria bem recebida a troca de termos para designar as cartas e o baralho. De fato foi o que aconteceu a partir da publicação, em 1865, da obra "L’homme rouge des Tuileries" de Paul Christian, pseudônimo de Jean-Baptiste Pitois (1811-1877). Discípulo de Eliphas Levi, atribui-se a Paul Christian ter "inventado os termos lâminase arcanos para designar as cartas dos Tarots". | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
A partir da segunda metade do século XIX, tornou-se usual a utilização dos termos lâmina e, principalmente, arcano em substituição a carta. | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Contato com o autor:
Constantino K. Riemma - contato-ct@clubedotaro.com.br Outros trabalhos seus no Clube do Tarô: Autores | ||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
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