A ação das Pombagiras |
Pombas Gira atuam:
• Nas descargas para neutralizar correntes de elementares/elementais vampirizantes, bem conhecidos como súcubus e íncubos, que atuam negativamente, por meio do sexo, fazendo de suas vítimas verdadeiros escravos das distorções sensuais.
• Cortando trabalhos de magia sexual negativa e as ditas “amarrações”, pois ninguém deve se ligar a ninguém a força. Isto é considerado pelos tribunais do astral como desvio de carma e as sanções para aqueles que realizam tais trabalhos são as mais sérias possíveis.
• Cortando trabalhos de magia negra, pois não é permitido pela Lei Divina que as pessoas ou espíritos possam fazer o que bem entenderem, ainda mais ferindo o Livre Arbítrio alheio.
• Neutralizando correntes e trabalhos feitos para desmanchar casamentos.
• Trabalham incansavelmente no combate as hostes infernais, quando estas procuram atingir injustamente quem não merece.
• Trabalham no combate das viciações que escravizam os médiuns, protegendo-os das investidas do baixo astral, quando se fazem merecedores.
• Fazem à proteção dos Templos onde habita a Espiritualidade Maior, principalmente onde se pautam pelo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.
• Combatem a leviandade, promovendo a firmeza que trás o respeito através do poder da palavra. Tais atributos e a harmonia de seus efeitos combinados, trazem a serenidade mental, onde os Sagrados Orixás atuam, pois quem não sabe o que pensa, não sabe o que diz.
• Trabalham incansavelmente fazendo de um tudo para que seus médiuns possam galgar graus consciências luminosos perante a espiritualidade maior, equilibrando-os, auxiliando-os, mas jamais são coniventes com os desmandos de seus pupilos, corrigindo-os, às vezes, implacavelmente, para que possam enxergar seus erros e retomarem a senda da Luz.
• As Guardiãs Pomba Giras, como entidades de trabalho, não são e nunca foram espíritos lascivos, tenebrosos, viciados, atrasados e maldosos, como muitos querem doutrinar.
• As Guardiãs Pomba Giras atuam no combate aos quiumbas (na medida do possível ajudando-os a evoluir) e no combate das energias desvairadas.
Exu e sua parte feminina.
Essa polarização não se dá, entretanto, de forma absoluta, devendo ser consideradas posições intermediárias marcadas pela presença de papéis como o da prostituta. Contudo, esses papéis, valorizados negativamente, funcionam mais como um fator de referência a ser considerado para ser evitado, do que como um lugar com importância estrutural para o funcionamento do próprio sistema.
Os valores sociais relacionados ao feminino referem-se tradicionalmente à virgindade, submissão e procriação, enquanto os masculinos relacionam-se à força, autoridade e realização sexual. Ao se pesquisar dados sobre o tema nota-se a presença desses valores. Exu é caracterizado principalmente pelas suas funções. Fundem-se na sua caracterização o homem da noite e o trabalhador, papéis historicamente associados ao masculino.
O trabalho de Exu, entretanto, é o que podemos designar como braçal; aqui se apresenta a primeira característica de classe. A sua identificação com a noite apresenta aspectos que também podem ser considerados indicadores de classe. Os lugares que freqüenta comumente não são os destinados às camadas mais privilegiadas; seu local é a rua, onde acontecem tradicionalmente as manifestações do povo. Também é o lugar atribuído às desordens, ao permissível e ao potencialmente perigoso (DaMatta, 1991).
Há vários Exus para diversas funções/interesses. Sua atuação se refere às esferas da saúde, financeira, afetiva (motivos pelos quais mais são procurados) e sexual. Os Exus e Pombas-Giras são definidos principalmente pelo seu caráter sexual, relacionado à sua amoralidade, e, podemos dizer, provavelmente, aos lugares que freqüentam. Mas, nunca devemos nos esquecer que essas entidades mais presentes dos centros e mediuns, são os de grau mais baixos sendo que acima deles tem outros muito mais evoluidos. Tem os Exus Ancestrais e Cosmicos que não militam no plano fisico e muito mais no plano Astral. Os Exus Cosmicos, por exemplo nunca encarnaram e vivem num plano mais evoluido que os mensageiros que militam nas encruzilhadas.
Pomba-Gira desempenha, por sua vez, funções, segundo os dados, muito semelhantes às dos Exus. Também é uma mulher da rua e do trabalho. Entretanto, o lugar da rua não é aquele esperado socialmente para a mulher, segundo a tradição patriarcal, podendo promover a sua identificação com as características atribuídas à prostituta. Montero (1985) também identificou semelhanças entre as características atribuídas à Pomba-Gira e o estereótipo da prostituta, em oposição aos estereótipos da jovem virgem associado às caboclas, da mãe a Iemanjá e da mãe preta às pretas-velhas.
Apesar das semelhanças porventura encontradas, não constatamos referências explícitas à Pomba-Gira como prostituta nos pontos analisados. Sua identificação com essa figura, como dito, está baseada sobretudo nos lugares que freqüenta. Aqui, deve-se recordar que a categoria por nós definida como Morada não inclui os lugares onde as entidades transitam. Associação de Exus e Pombas-Giras com ruas e cemitérios são quase uma constante nos pontos analisados, o que não quer dizer que habitem nesses locais, e sim que mais provavelmente nele permaneçam por afinidade ou pelas características dos trabalhos que realizam ali.
Ex: Existe um Exu mulher/ Que não trabalha à toa/ Quando passa pela encruza/ Maria Padilha não vacila/ Ela não faz coisa boa.
Sobre a relação entre as Pombas-Giras e a prostituição, Como é mulher, sua associação ao Mal, sua demonização passa pela imemorial marca infamante da feminilidade: a luxúria. Encarnada noutro antigo estereótipo: a prostituta. Uma 'mulher da vida, com 'sete maridos', bem marcada, me parece, pelo tempo em que se constituía a Umbanda no espaço urbano: vários dos seus pontos cantados que ouvi, remetem a um espaço escuso da cidade, que já foi sinônimo de devassidão e 'mulher perdida': a Pomba-Gira é de cabaré .Segundo Prandi (1996), a Pomba-Gira "trata dos casos de amor, protege as mulheres que a procuram, é capaz de propiciar qualquer tipo de união amorosa e sexual" (p. 148).
Eu em particular vejo a pombagira, não só como um Egun, como se prega em todos os tempos, o que existe na verdade, são eguns que militam nessa falange pra poder evoluir e se libertar da luxuria. Porque na Hierarquia mais elevada, a Senhora Bombogirá, é chefe de um raio muito importante e militam junto com Exu no trabalho através da Quimbada auxiliando os orixas.
A ela estão associados os trabalhos de feitiçaria, principalmente amorosa, o que nos permite fazer um paralelo com o espaço tradicionalmente relacionado à mulher, ou seja, o quintal, lugar das ervas e dos segredos mágicos e terapêuticos (Del Priore, 1993). Suas atividades situam-se nos espaços exteriores à casa (a rua e o quintal), o que pode indicar a sua não-pertença ao núcleo familiar, uma vez que não se ajusta aos papéis tradicionais de esposa, mãe ou filha.
Os dados revelam a entidade como dotada de uma beleza "física" e uma vaidade, que bem correspondem à expectativa em relação ao papel feminino, no qual a mulher deve se conservar sempre bonita, pois esse é o seu maior bem, a fim de satisfazer o homem. Conforme nos mostram os pontos de relação, esse é o papel da Pomba-Gira, em presença dos Exus.
Se considerarmos também as marcas de raça e classe que estão a eles relacionadas na literatura, seu papel se torna duplamente estereotipado, uma vez que mulher e negra (Montero, 1985; Ortiz, 1991).
Como pode ser visto, a identificação tradicional de Exu com o diabo cristão não está relacionada somente a sua aparência original, africana. Componentes outros se somam a essa aparência e remetem a uma caracterização de ações também próxima. Talvez o principal desses componentes seja a sexualidade exacerbada. Mas, um segredo importante que nem mesmo muitos sacerdotes notam é que Pombagira não milita apenas na area sexual, ela milita na area financeira, de saude e até politica. E assim, pode ter por certo que nem toda Pombagira em especial as mais evoluidas, terá aparencia vulgar. As mais exageradas são as que militam exclusivamente na area da evolução sexual. Saiba que tudo depende das necessidades carmicas e das Linhas Vibracionais que cada uma milita.
Historicamente, o diabo no ocidente utiliza o sexo dos humanos para tentá-los (Nogueira, 2000). Há referências diversas na história do Brasil sobre a proximidade entre o diabo e a luxúria, as práticas mágicas, a busca da resolução de problemas cotidianos, por fim, sua proximidade com o próprio homem (Souza, 1989).
Até mesmo o caráter ambíguo da sexualidade esteve a ele relacionado, na figura de íncubos e súcubos (Mott, 1988). Nesse ponto, há um aspecto particularmente importante: o diabo formou, desde o nosso período colonial, uma tríade bastante constante com a prostituição e a magia sexual. Note no entanto, que na Wica e em religiões primitivas o sexo não era visto tão fortemente como demoniaco. Mas, na verdade nós não podemos negar realmente que sexo degenere a alma, quando usado de forma desordenada. Na verdade tudo depende de como e quando se ultrapassa os limites do bom senso e da prudencia.
No Brasil colonial, dentre os que se ocuparam da magia, talvez a categoria mais estigmatizada com a prostituição tenha sido a das mulheres que vendiam filtros de amor, ensinavam orações para prender homens, receitavam beberagens e lavatórios de ervas. Magia sexual e prostituição pareciam andar sempre juntas (1989, p. 241).
Companheiro da prostituta, o malandro é figura recorrente no imaginário brasileiro. Sua avaliação, entretanto, tende a ser menos negativa do que a dela. Segundo DaMatta (1997), sua caracterização está relacionada à sua aversão pelo trabalho e à individualização da sua figura e de seus costumes. Contudo, é inegável em nosso meio social a valorização da sua desenvoltura para resolver problemas e quase sempre levar vantagem, inclusive nas situações francamente adversas.
Uma estrutura marcada pela hierarquia, como é o caso da Umbanda, certamente deve refletir em si aspectos da ordem social que a comporta. A relação de dominação-subordinação encontrada no Candomblé entre os orixás e Exu (Trindade, 1982) também pode ser percebida na Umbanda. Outro fator relevante na identificação do lugar ocupado por Pomba-Gira e Exu na prática umbandista é a consideração das delimitações provenientes dos conceitos de linha e falange que "... Constituem divisões que agrupam as entidades de acordo com afinidades intelectuais e morais, origem étnica e, principalmente, segundo o estágio de evolução espiritual em que se apresentam, no astral" (Magnani, 1986, p. 33). Essas divisões implicam uma hierarquia que indica, mais do que uma simples divisão entre o bem e o mal, esse caracterizado como inferior àquele, a necessidade de que "... o simbolismo dos ritos exprima a subordinação do princípio espiritual inferior ao princípio superior" (Ortiz, 1991, p. 141).
Essa hierarquia está presente de forma significativa nos dados apresentados acima, nos quais o reconhecimento de diferentes poderes se constitui em um princípio organizador que impede o caos. Na hierarquia identificada pode-se notar claramente a superioridade dos Exus. A eles estão subordinadas as Pombas-Giras, menos numerosas, fato que se refletiu inclusive na quantidade geral de pontos coletados.
O caráter moralmente ambíguo das entidades, evidenciado pela costumeira associação entre os Exus e a figura do trickster (Augras, 1983; Queiroz, 1991), sugere ser este um aspecto relacionado ao lugar que lhe é designado na hierarquia da umbanda.
As categorias denominadas "personalidade", "proteção" e "advertência" referem-se a essa ambigüidade. Aqui encontramos Exu e Pomba-Gira como seres capazes de fazer tanto o bem quanto o mal, e por isso merecedores dos maiores cuidados e respeito. A moralidade das ações da entidade vai ser, entretanto, determinada pelo pedido do "consulente", pois é esse quem vai fazer a sua oferenda, o seu pagamento.
Em última instância a responsabilidade moral é daquele que faz o pedido. A labilidade dessas entidades possibilita a solicitação de determinados favores somente a elas, não a outras consideradas mais evoluídas, pois poderia causar negativas ou repreensões. Além desse fato, a percepção de Exu como alguém que já passou por condições adversas, em vida, pode caracterizá-lo como um interlocutor capaz de melhor entender os motivos daquele que pede, sendo, em determinado sentido, um igual.
Dois eixos de submissão podem ser então considerados como centrais na análise. O primeiro se relaciona à posição da figura feminina, localizada à margem pelo sexo e pela condição social. Seus atributos concedem-lhe a aparência desejada pelo masculino ao mesmo tempo em que sua caracterização como ser com sexualidade extremada a relega a uma situação em que sua inserção na rede social não pode se dar através do papel de mãe/esposa, sendo associada à prostituta na trama dos personagens cotidianos.
Suas funções estarão relacionadas aos pedidos de caráter sexual e afetivo, localizando-a então, conforme a moral cristã, no campo do pecado, ou seja, das trevas. O segundo eixo diz respeito à condição de Exu. Dado como amoral, só pode ser admitido para ele o local das trevas, a noite. É ali que pode expressar seu caráter sinuoso, escondido do convívio dos que trabalham normalmente.
Aqui também podemos considerar a sua inaptidão para o papel de pai/esposo, sendo considerado inadequado para as funções reprodutivas. Deve-se observar que não são encontradas referências familiares para os Exus e Pombas-Giras, o que é comum para os Pretos e Pretas-Velhas, geralmente chamados de tio/tia, avô/avó ou pai/mãe.
A relação que se estabelece com Exu é muitas vezes a de compadrio (Verger, 1999), reforçando a possibilidade de sua identificação, por parte de quem o consulta, como um igual. À medida que admitimos a entidade como um molde a ser preenchido pelo médium, podemos também admitir que os estereótipos a ela historicamente relacionados encontram nele possibilidade de se atualizarem e por isso sobreviverem.
Não nos estamos referindo a uma simples incorporação do papel, mas sim a um mecanismo que permite a construção de um campo de significados que estão de acordo com a própria percepção do mundo pelo médium e pelos fiéis.
Pombas-Giras e Exus são representações de personagens presentes na vida cotidiana, que apresentam tanto características individuais distintivas quanto traços coletivos de classe, o que proporciona a manutenção do estereótipo. Vistas como a própria ambivalência, as caracterizações não poderiam ser diferentes: as entidades que possuem como função primeira o trabalho, são percebidas como malandro e prostituta. Como perigosas, necessitam de outras entidades mais elevadas para que sejam controladas e exerçam de forma adequada suas funções.
Segundo a descrição das moradas, são imigrantes que aportam num contexto que os considera inaptos para o desenvolvimento de funções que não estejam relacionadas ao trabalho braçal. Exu e Pomba-Gira podem ser, em última instância, alguns dos personagens pertencentes às camadas empobrecidas da sociedade, submetidas a toda sorte de preconceitos raciais, sociais, econômicos e culturais, que acabam por ser assumidos e propagados pela própria classe. Máscaras que permanecem como modelo e reflexo das próprias contradições do sistema social do nosso país.
E na verdade, a maioria das buscas nos terreiros, tem sempre haver com a atuação dos Compadres, ou disturbios sexuais, vicios ou porque se está passando por confusões mentais e num estado de carencia onde a pessoa deixa um vazio dentro da alma deixando a natureza oculta dominar a personalidade. Nestes casos Exu e Pombagira são os melhores psicologos do Terreiro, pois, conhecem a personalidade oculta do ser humano como nenhum outro orixa.
Dados EXTRAIDO DO ARTIGO DE: Adriano R. Afonso do N.I; Lídio de SouzaII; Zeidi A.TrindadeII - IDoutorando no Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo - IIProfessor doutor do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo - IIIProfessora doutora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Espírito Santo
A POMBAGIRA LUTANDO PELA MULHER
Com o passar do tempo a formosa e provocativa Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele. Mas ela, marota e astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de independência.
Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o ‘eu interior’ feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.
Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres. Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada, exibicionista e provocante, insinuante e desbocada, sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade. Ela foi logo se apresentando como a “moça” da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes. “O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais”. Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida , e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: “É isso mesmo”! E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas.
Aí punham para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto. E a todos ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz. Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades. Quem não iria admirar e amar arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento? Pombagira é isto.
É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina. Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação. Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa. Mas ela foi logo dizendo: “Cama, só para o meu deleite e mesa, só se for regada a muito champagne e dos bons! Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas “Moças da Rua”, as companheiras de Exu.
A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, tal como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, “por baixo dos panos”, o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo. Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos... ou pesadelos, provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador.
Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas que, se Freud tivesse conhecido, não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos. Mas para azar dele e sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas. Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar.
PODEMOS NOTAR NA ASTROLOGIA A PRESENÇA DESSA ENTIDADE, TANTO NA INFLUENCIA DE LILITH QUANTO EM ALGUMAS CONFIGURAÇÕES DE MARTE, PLUTÃO E DA LUA.
LAROIÊ BOMBOGIRA SALVE A TUA BANDA!
Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o ‘eu interior’ feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.
Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres. Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada, exibicionista e provocante, insinuante e desbocada, sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade. Ela foi logo se apresentando como a “moça” da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes. “O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais”. Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida , e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: “É isso mesmo”! E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas.
Aí punham para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto. E a todos ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz. Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades. Quem não iria admirar e amar arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento? Pombagira é isto.
É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina. Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação. Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa. Mas ela foi logo dizendo: “Cama, só para o meu deleite e mesa, só se for regada a muito champagne e dos bons! Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas “Moças da Rua”, as companheiras de Exu.
A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, tal como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, “por baixo dos panos”, o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo. Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos... ou pesadelos, provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador.
Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas que, se Freud tivesse conhecido, não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos. Mas para azar dele e sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas. Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar.
PODEMOS NOTAR NA ASTROLOGIA A PRESENÇA DESSA ENTIDADE, TANTO NA INFLUENCIA DE LILITH QUANTO EM ALGUMAS CONFIGURAÇÕES DE MARTE, PLUTÃO E DA LUA.
LAROIÊ BOMBOGIRA SALVE A TUA BANDA!
Pombagiras: O poder sensual e de conquista da mulher
Falar de religião é uma tarefa espinhosa, especialmente pra que é opositor a sua religião. O problema é que o famoso "religare" pode nos ligar a muitas vertentes e objetivos! Não é a toa que uma várias igrejas são abertas o tempo todo no Ocidente! Enfim, falar de religião não é fácil. Porém quando é uma religião que tem o marketing de uma nação inclinada a uma filosofia é mais fácil. Ou seja, no Brasil por exemplo, ser cristão é bem mais fácil do que seguir outras religiões. E por isso, até as religiões de outras origens, como as de nações africanas por exemplo, se inclinaram a sincretismos e mesclagens pra se sentirem mais aceitas. E nessa busca por aceitação e diminuição das perseguições muito da Tradição dessas religiões ou caíram no esquecimento ou foram deturpadas.
E assim hoje no Brasil, encontrar um terreiro de Umbanda pura ou de Candomblé puro é uma tarefa árdua. E dos milhares de templos e terreiros país a fora, poucos são realmente de uma religião puramente original. Na verdade a maioria hoje são de centros espíritas se passando por templos de Umbanda. Isso porque o Kardecismo uma outra religião mais dominante, mas, que também se rendeu ao cristianismo vem sufocando a Umbanda fortemente. Mas, não é culpa do Kardecismo e sim dos sensacionalistas que não estudam direito e querem seus templos mais "aceitaveis" num país cristão como o nosso.
Assim temos pais e mães de santo abrindo seus trabalhos com a Bíblia na mão e o Livro dos Espíritos na outra! E o que eu tenho contra a Bíblia e os livros kardecistas? Nada! Mas, se sua vertente é esta diga que é kardecista ou cristão e não umbandista! Bem é quase inútil tentar fazer as pessoas entenderem o porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Mas, estamos aqui pra bater sempre na mesma tecla incansavelmente. Assim volto a repetir! Umbanda não é Kardecismo, e vice-versa... Uma não tem nada a ver com a outra.
Não é porque se incorpora espíritos dá-se passe e entidades trabalham que as duas são o mesmo caminho. Na verdade, a filosofia, tradição, ensinamentos e visão é completamente diferente. Não é porque o Islã tem um único Deus, tem um livro sagrado e é do Oriente Médio, que você vai misturá-lo com Judaísmo! Nem misturar Budismo com Hinduísmo, porque ambos falam em reencarnação. Seria como dizer que cerveja e vinho são a mesma coisa porque tem teor alcoólico e embebedam...
Bem, tenho visto tanta asneira nesses anos de pesquisa que confesso já pensei várias vezes em deixar a Umbanda de lado, pois não há quase mais nenhum praticante que queira buscar a essência da Umbanda original e sim apenas mesclas ou patacoadas. Hoje tem Umbanda de todo tipo, menos Umbanda. Quando surgiram reformadores como Pai Matta e Rivas Neto, parecia que a Umbanda iria aflorar, mas, eles tanto exageraram em muitas coisas, como se perderam em outras, até porque era apenas inícios de processos de reformulações. Mas, ai não surgiu mais ninguém com intuito de resgatar os códigos de Umbanda, só escritores escrevendo romances e ficções, tentando passar isso como Umbanda.
E assim o que aconteceu foi que entidades se tornaram muito populares, mais do que mereciam ou teriam realmente o papel indicado na Umbanda e outros de suma importância sumiram do mapa. Agora onde quer que se vá só dá gente que trabalha com pombagira, Zé Pilintra, Exú e Encantados das mais variadas formas. Bem nada contra essas entidades, mas, sim contra o exagero. Tudo existe dentro de um contexto, de uma linha, de ciclos, de necessidades de hierarquias. Mas, as pessoas não querem respeitar isso, pois usam a seu bel prazer, pra lucrar, lucrar e ganhar "poder".
Mas, não é assim que a banda toca. Umbanda não existe sem ritualistica, sem sistema orácular e a parte de incorporação que muitos lugares, usam muito mais como pirotecnia, nem tão importante é. O importante é a liturgia, a ritualistica, o conhecimento ancestral e a mensagem trazida pelos oráculos. Não leve muita fé em que fica o tempo todo incorporando como se fosse um aparelho se conectando a internet.
A grande causa da camuflagem da Umbanda é sempre se tornar mais aceitável. Ou seja, mesmo que lá dentro os caras estejam fazendo todo tipo de macumba, mas, no nome, na apresentação e na forma como é apresentado o templo tem que ser tudo no branco, nos santos católicos na parede, no puritanismo, nos enfeites, nas festas, festas e festas o tempo todo... isso é bem popular!
E por falar em puritanismo, vemos que se fala em pombagira em todo lugar, mas, de duas formas. Tem os que exageram no abuso de magias, alegando que traz o amor rapidamente, que faz e acontece e assim por diante... E os que mesmo falando em pombagira, adorando sexo e usando a energia o tempo todo, tem um grau de puritanismo, quase monástico! Tem pessoas que usa pombagira o tempo todo, mas, nas apresentações e imagens, só falando vesti-la de freira!
Meus irmãos a pombagira é acima de tudo a entidade que trabalha a sexualidade, o carma sexual e a magia sexual. Ela se apresenta sim como uma mulher fogosa e não como uma cigana com vestidos compridos e jeito de recado. A pombagira é a essência da sensualidade e revela o lado sexy da mulher. Também revela a liberdade e o despudor, que o patriarcado tanto perseguiu. Ela é sim a essência da mulher que ama, que goza e que se apresenta de variadas formas. Ela pode aparecer nua, de lingerie ou como uma mulher tipicamente normal. Cada carma e cada provação dirá como ela vai agir. Mas, em suma sua essência é sim de uma mulher envolvente e de poucas roupas.
Ela está nos bailes funks ou qualquer outro baile, na figura da piriguete, da novinha que dá pra qualquer um, na mulher casada que pula a cerca, na novinha que deu pro homem casado, que engravidou do namorado e que faz sexo com muito fogo. E não na mulher recatada que quando ouvi um palavrão quase desmaia de vergonha, que nunca cruzaria as pernas em público ou andaria sem calcinha! Ela é realmente a quebra dos paradigmas, das barreiras e das tradições repressoras.
Porém prestem bem atenção! Cada linha age de um jeito, cada mulher recebe essas linhas de um jeito e nem toda pombagira cuida apenas de sexo. Tem pombagira que atua na mulher profissional, executiva, delegada, médica, enfermeira e em variadas missões. Não só para o sexo e sim para ajudar a mulher em sua missão cármica necessária.
No entanto, não se prenda aos clichês aos showzinhos pirotécnicos e as manifestações padronizadas. As pombagiras ancestrais não se prendem aos palavrões e atos obscenos. As que se apresentam com muita patacoada, são kiumbas, eguns, espíritos camuflados ou apenas animismos. Espera ai! Mas, e a pombagira que descrevi como quebrando barreiras e tal? Bem ser sensual, tirar a roupa, ser sexy, envolvente e defender a sexualidade é uma coisa, ser vulgar, baixa, desbocada, violenta e horrível é outra. Esqueçam os teatros, pombagira rainha ou chefe de falange é super sábia, culta e conhecedora da alma, uma completa psicóloga, até mais que Exu que tem uma outra linhagem mais primitiva...
Uma coisa interessante se nota mesmo dentro da Umbanda e no meio de umbandistas que se dizem chocados com perseguições e preconceitos, que é o puritanismo. Muitos ardendo de desejo, muitos até adulterando, transando rotineiramente, mas, ver uma pessoa nua, falar de sexo ou admitir que tem desejo, parece que vai gerar a punição eterna! E por isso as entidades de esquerda, parece que vão passar mais um século ou séculos inteiros sem serem entendidas. Poucas tem a essência e coragem necessária de trabalhar seus chacras, seu chacra sexual e sua bioenergia por inteiro e com firmeza.
A pombagira real, na sua essência original é uma mulher despida, sem medos, por ter passado sofrimentos, perseguições, não ter onde colocar a cabeça. Apenas as Rainhas, que são falanges mais interligadas as cortes dos orixás é que se apresentam com roupas mais finas, são coroadas e tem potencial de orixá. E por falar nisso, tenho visto tanta babozeira nos ultimos tempos que tenho que olhar bem se estão falando de Umbanda ou de outra coisa. Já vi um cara dizer outro dia que "Umbanda não se faz com orixás e seu dever não é cultuar"! Como cara-pálida? Umbanda sem orixá não é Umbanda! Certamente o seguimento de quem defende isso é kardecismo e não Umbanda.
Tem muita gente envolvida com sexo mundo a fora, não falo das pessoas com rotinas normais. Mas, as que vivem adultérios, que querem conquistar a pessoas impossível, que quer comer muita gente e assim por diante... E essas pessoas que vivem problemas no amor e sexo, vão aos terreiros e templos, querendo soluções a todo custo. E ai está a fonte que movimenta milhões por ano. Assim quem quer resposta a todo custo, paga pra isso, gera quem vende informações e trabalhos a todo custo. Quase sempre sem saber, sem respeitar as leis maiores, como a de Pemba por exemplo. Mas, o que importante pra quem quer e quem procura é magia. Assim a Umbanda vai se deturpando a cada dia!
A sexualidade humana é um dos temas mais desafiadores, não pelo ato em si, mas, por tudo que foi criado em torno dele. Os conflitos gerados pela psique humana, surgiram desde interferências lunáticas de sectários e fanáticos de religiões cheias de falsos puritanismos, como também do abuso de reformistas ou libertários cheios de anarquias estúpidas. E assim tanto a vontade de frear quanto a de expandir as relações sexuais foram burras, exageradas e geraram confusões tremendas.
Tem gente que lucra e muito mundo a fora com o sexo, tanto os que vivem do comércio do sexo, quanto os que vivem falsamente "negando o sexo"! Muitos criam igrejas sensacionalistas pra lucrar e arrecadar, e claro, o comportamento sexo, tá sempre envolvido nas pregações sem nenhum embasamento psicológico, filosófico, teológico ou espiritual. Muitos desse pregadores, travestidos de moralistas, passam uma imagem de quase assexuados, mas, na vida privada gemem e gozam, com todo fervor como outro qualquer. Não é fácil encontrarmos notícias de pastores pisando "fora da faixa" de suas próprias pregações. Padres e sacerdotes que não resistem as provações e assim por diante.
O sexo não tem classe social ele está na alma das pessoas por isso desde a dondoca que só veste lingerie de grife a mulher que compra suas calcinhas no camelô, sentem os arroubos da paixão e a libido fervendo em seu corpo. Por isso nesse momento em muitos cantos do mundo, tem gente fazendo sexo em coberturas de luxo em condomínios caros, como também em barracos no meio de favelas conflituosas. E muitas mulheres vivem casamentos insatisfatórios, mesmo tendo na carteira os mais caros cartões de crédito, contas gordas no banco e uma vida de luxo. Não só pela convivência em si, mas, porque ela tem a alma latejante por sexo, muito sexo, que seu marido não consegue suprir e sua alma espera por mais emoções e prazer.
E tem quem sinta a energia feminina que carrega na alma que pode ser fruto de vidas passadas, ancestralidade ou sua essência cósmica das mais variadas formas. Tem pessoas que gasta horas e horas em terapias, psicólogos e praticas, desde que sejam chiques e confortáveis pra si. Outras usam como terapia, detonar em comprar em shoppings luxuosos. Algumas arranjam um amante mais jovem, outras passam a transar com alguém próximo, cunhado, amigo do marido, amigo do irmão e assim por diante... Quase sempre a busca não é só libido, mas, sim tentar suprir um vazio da alma, que nem elas mesmo sabem o que é e vão se deixando levar, se deixando usar e os garanhões de plantão agradece.
Nesses quase vinte anos de estudo já chegaram até mim os mais variados casos e os mais esdrúxulos possíveis. A humanidade é capaz de cometer os mais variados atos, não só quando a mente tá cheia de desejo, mas, quando sente um vazio na alma é ainda pior. Tem por exemplo, aquelas mulheres lindas, super gostosas que todo mundo quer comer, mas, que tá casada com um marido velho, ranzinza e sem potencial pra saciá-las. Então elas vivem se questionando, se achando a mulher mais sem sorte do mundo e sem saber o porque estão ali. E quase sempre estão amarradas, por preceitos familiares, filhos e falta de ação pra mudar. Ai vem as puladas de cerca, o peso na consciência, mas, o vazio nunca preenche e as respostas nunca vem. E na maioria dos casos isso tudo tem haver com a energia sexual delas, com missões que elas vieram fazer nessa encarnação e se desviaram do caminho.
Uma coisa que muitas pessoas sequer param pra pensar é que exus ancestrais com nomes iorubás, são mais antigos que os que a maioria dos terreiros trabalham. Ou seja, exus que na verdade já encarnaram. Enfim, no âmbito das pombagiras, também se conhece uma infinidade de "Marias" ou outros nomes, todos ligados a nossa cultura e língua, mas, não se cogita aceitar que também temos pombagiras ancestrais com nomes iorubás - e na verdade temos sim!
Assim como cada mulher é única no mundo, tem suas características pessoais inigualáveis mesmo que pertença a um grupo e tenha comportamento parecido com outras, da mesma forma é também sua pombagira. Ou seja, não tem uma pombagira igual a outra. Por isso cada médium enxerga de um jeito sua guia e cada guia age de um jeito. Mesmo duas mulheres que tenham como protetora uma Maria Padilha por exemplo, tanto a mulher terá características diferentes da outra, quanto a pombagira terá uma ação diferente. Isso porque a pombagira pode ser a mesma, mas, a configuração, a hierarquia, os odús, a coroa, os orixás de cabeça e a ancestralidade de uma será totalmente diferente da outra. Além disso o carma e as missões também serão bem distintas.
Assim podemos ter uma mulher com uma pombagira da mesma falange, mas, que age de forma diferente. Por isso os terreiros erram em tratar de forma padronizada, fazer coisas usadas pra um, aplicando em outro sem averiguar a realidade de cada. Dessa forma, uma mulher pode ter uma libido altíssima e sofrer quieta em seu canto sem ter coragem de se doar ao sexo e a aventuras, enquanto outras, se entregam com fervor e devassamente, mesmo tendo pombagiras da mesma falange.
Até porque, não existem duas Marias Padilhas, na verdade apenas o nome de guerra é o mesmo, mas, a entidade será diferente, será outra força, outra linha e outra alma. Outra coisa que devemos ter em mente é que não é uma pombagira que fará uma mulher ser devassa ou ser bloqueada sexualmente. Na verdade ela é uma força ativadora, testadora e impulsora, mas, os freios, as rédeas e escolhas, estarão sempre nas mãos da médium.
E quanto as punições se ela não ceder? As pressões pra ser alguém de libido forte, pra ser alguém que viva uma rotina sexual intensa e ataques caso a mulher não cumpra ou não faça o que sua sexualidade lhe incline a vivenciar, depende de muitos fatores. Em algumas palestras especialmente de médiuns espíritas, como Chico Xavier, Bezerra de Menezes e até umbandistas como Pai Matta e Silva e outros, a pergunta sobre a imposição foi feita e respondida da seguinte forma: que os espíritos, guias, orixás, anjos ou o Astral Superior não força ninguem a nada, que há sempre o livre arbítrio, por exemplo de escolha se vai ser médium praticante ou não! Bem, mais ou menos, mais ou menos...
Esse é um ou mais um tema espinhoso da espiritualidade que explica-se, fala-se e as pessoas continuam se perguntando e questionando. Claro, requer mesmo uma meditação profunda sobre o tema. Mas, vamos lá! Em muitas pessoas a mediunidade é colocada pelos Senhores da Criação e da vida, como uma ferramenta onde a pessoa tem sim a opção de fazer uso ou não desse dom, ou fardo para alguns. Porém há incontáveis casos, talvez a maioria deles em que não temos escolha. Na verdade, algumas mediunidade como por exemplo, da profecia, ela se manifesta a nossa revelia, exige de nós uma ação e claro que se lutar contra isso teremos graves consequências. Mas, onde está ai o livre-arbítrio? Está em como vamos usar isso. E se usar de forma errada, como por exemplo tirar proveito das outras pessoas, terão punições sérias.
Então, estamos debaixo de uma ditadura? Claro que não! O que acontece é que algumas pessoas perdem ao longo de sua trajetória, em várias encarnações o poder de decisão. Elas erram tanto, descumprem tanto que a cada encarnação vem com menos crédito e poder de gerir seu destino. Então vem apenas cumprir coisas e coisas pra se recuperar.
Vi Mestre Da Matta, ao responder sobre isso numa palestra gravada, onde ele dizia, que por exemplo, uma pessoa com família, casada, com filhos e obrigações, "não seria forçada a ser médium...". Nem tanto, meu caro Matta. Ela pode ter descumprido, ter casado, ter filhos e ter seguido uma vida contrária a sua mediunidade, por teimosia, incredulidade e por ignorância, e por isso terá consequências sim. Até porque duvido que quem tem uma mediunidade forte, não tenha tido avisos, visões, sinais e sentido essas manifestações. O que acontece é que muitos ao invés de procurar saber o que ocorre com elas, preferem julgar como coisa ruim, ir pela cabeça de perseguidores e tentar passar por cima dos sinais que lhe são dados.
E assim muitas ignoram sua espiritualidade, pra buscar antes sua carreira, seus amores e seus objetivos puramente materiais, mesmo tendo uma mediunidade latente. E estes vão ter sim punições. Agora, escolher como vai usar sua mediunidade é que será uma escolha dela. Se ela vai fazer caridade, se ela vai usar pra magia, se ela vai usar pra buscar novos conhecimentos, como muitos cientistas fazem e assim por diante. Mas, que terá que utilizar terão. E por isso muitos tem graves punições, justamente por utilzar de forma errada o dom que receberam ou por ignorar esses dons.
Muitos tem dons que só utilizam pra ganhar e ganhar na vida material. Assim acabam por doenças graves e sofrendo muito quando chegam os ciclos punitivos. Outras pessoas pensam que cumprir a mediunidade é só participarem de um terreiro e rodar em giras todo final de semana que já está tudo certo. Ou pagar pra pais de santo fazer oferendas. Na verdade cada missão é única e as respostas devem ser buscadas.
Outra questão defendida por parte de africanistas é que a pombagira ou Bombogira ou Pombo Gira, enfim, teria que ser negra... nem sempre. Assim como os orixás não precisam ser apenas negros. Na verdade a ancestralidade é mais profunda do que se pensa e temos entidades de todas raças. Temos pombagiras de todas as formas, desde negras, a brancas, mulatas, loiras, ruivas, até índias e asiáticas. O sexo é universal. E desvios de comportamento ou o lado sagrado do sexo, está presente em todas as raças.A pombagira que conhecemos pode até ter sim uma raiz ou os pés fincados na cultura africana. Assim como vemos em maior parte que as histórias que circulam na Umbanda brasileira hoje são muito mais voltadas a kiumbas, eguns e almas penadas, ligadas bem mais ao espiritismo, encantaria e superstições do que as raízes ancestrais africanas. Claro que por ter muita influência das lendas urbanas, e mitos como um todo do imaginário popular, como pelos romances escritos supostamente psicografados, que são contatos como verdade nos centros de Umbanda, hoje muito mais centros kardecistas do que umbandistas. Especialmente nas grandes capitais. Mas, no interior também, infelizmente!
Bem voltando a questão da sensualidade! Tem pessoas que só querem navegar em sites e blogues que tenham sempre as mesmas imagens repetitivas, de orixás e guias, sempre com aqueles mesmos simbolismos e puritanismos. Até parece que a Umbanda é feita de uma ancestralidade assexuada. Certamente eles não conhecem nada da ancestralidade e dos orixás africanos. A mulher que tem sexualidade aflorada, que muitas até se revelam "dama na rua e puta na cama", sabe muito bem que na hora do sexo, ela sente fogo, sente forças que no fundo independe dos dogmas que entravam sua sensualidade. A mulher que tem pombagira de frente, tem características marcantes, no fundo sabe que tem que aprender a controlar seus impulsos e que a energia que flui em seu corpo é o maior de seus desafios.
E uma coisa séria e profunda que vou falar agora sobre pombagira, que para uns pode parecer meio contraditório, mas, não é. Por isso meditem bem pra entender direito e não avaliar precipitadamente!! Ou seja, quero falar da mulher que tem uma pombagira forte, dominando sua cabeça ou de frente e que sente muita necessidade de sexo. Muitas até pulam cerca, pois o marido não é suficiente em dar conta. Outras sentem necessidade de novidade, de pegar muitos homens e de viver aventuras picantes.
Pois bem, aproveitando esse assunto, quero também comentar o seguinte. Uma lenda que corre no meio umbandista há muito tempo. Trata-se da afirmação que diz "Pombagira a mulher de 7 Exus". Ou seja uma afirmação que diz mais ou menos que a pombagira teria 7 maridos. Mas, o que há é uma distorção. Diz-se que ela foi rainha em 7 reinos. Porém a história mesmo da Pombagira é de uma mulher que cai, que foi expulsa de casa, que foi abandonada, que foi engravidada e rejeitada enfim. A história dos reinos ai já é uma fase mais avançada.
Mas, explicando melhor o 7, quer dizer que ela seria única no meio de uma hierarquia de 7 Exus, na verdade não ela e mais 7, mas, que ela seria uma dos 7, representante assim da linha ou vibração de Iemanjá, como bem colocou Pai Matta. Da mesma forma que a lenda do tal "Exu de Duas Cabeças" que na verdade se refere a quem olha pra frente e pra trás, ou passado e futuro com poder atemporal.
Mas voltando a questão das mulheres que tem a força de Pombagira e que essa força passa a ser um fardo ou a coloca em situação de dependência de aventuras e muito sexo. Enfim, cria-se uma sensação de que por a mulher ser fogosa e até safadinha, logo ela será descrita como uma mulher-pombagira. E nem todo caso tem haver com pombagira. Toda mulher tem pombagira, mas, nem todas tem pombagira ativa. O fogo de uma mulher pode vir do orixá de cabeça, do orixá de frente ou do orixá sexual e não propriamente ou exclusivamente da Pombagira dela. Outra coisa que acontece com muitas e muitas mulheres é que muitas viram até prostitutas, por que foram enfeitiçadas, pois colocaram uma pombagira nela, um mago negro do astral inferior ou uma maldição. E ela sofre o pão que o Diabo amassou. Também tem mulheres que não param quietas no casamento e não conseguem evitar adultério, por causa de magia negra.
E tem ainda as que foram programadas, isso mesmo programadas, desde novinhas, ou seja, colocaram na cabeça dela uma devassidão psicológica, fetichista e ela passa a vida toda achando que ser libidinosa é sinal de coragem e liberdade. Enfim, cada caso tem que ser bem avaliado, cada caso é um caso. E por falar em caso, me refiro agora a outro que pode até te deixar confuso, caro leitor, mas, que é real e verdadeiro. Ou seja, uma mulher que tenha uma pombagira muito forte atuando nela, sexo correndo na veia e muita libido. Então ocorre o seguinte, muitas quando procuram pais de santo, ou irresponsáveis, que enxergam isso, ao invés de ajudá-la o que eles fazem? Eles agravam o problema. Muitos falsos sacerdotes, ou ante-éticos, vivem comendo mulheres casadas ou mulheres ingênuas que procuram os caminhos da busca ancestral.
Na verdade, cada caso é um caso por isso é preciso investigar bem os odus e orixás de cada pessoa. Pois tem pessoas que vieram de uma vida anterior onde ela foi privada do sexo e nesta vida terá mais liberdade pra vivenciá-lo. Enquanto outras abusaram de mais e nesta vida terão que controlar, mas, são testadas justamente com desejos fortíssimos. E ai cabe a cada uma buscar o autocontrole.
Em se tratando de Umbanda e de Pombagira, os casos são diversos. E nem sempre temos que tratar da forma teológica essa questão ou na forma de terreiro, mas, levar para um âmbito mais sobrenatural, cármico e arquétipal, usando filosofia, mitologia e psicologia. E acima de tudo pesquisas de campo. Mas, não de forma acadêmica, mas, de vivência, contos reais ou seja, histórias vivenciadas por pessoas. Fatos e acontecimentos pra tentar entender.
Assim nesses quase vinte anos de estudo, a questão pombagira, sexualidade na Umbanda, na astrologia e na magia, foi talvez a maior parte de estudo utilizada por mim. Assim quero falar de dois pontos polêmicos, as vezes de divergências, mas, que já atestei em pesquisas e nesses vários anos de consultoria. Eu sempre presto muita atenção na história de cada cliente, no perfil de cada uma das pessoas que chegam até mim, tanto no que elas relatam, quanto no que eu constato como sendo o perfil, imaginário delas, mas, acima disso no perfil astrológico e no arquétipo mais provável que nos é revelado pelas influências ancestrais e espirituais de cada uma.
Ou seja, estou há anos postando sobre pombagiras, da forma mais de interferência do plano bem mais pessoal. Que é o da influência dos orixás e de Exu ou Pombagira de cada pessoa agindo sobre cada pessoa. Enfim sobre seu próprio médium. Ou seja, seria como avaliar as influências astrais sobre uma pessoa, através do mapa da própria pessoa. Mas, a pessoa vive interligada tanto a seu mundo interno e externo. E a ação sobre cada um de nós vem tanto do plano consciente, quanto do inconsciente. E nesse contexto temos o inconsciente individual, como também o inconsciente coletivo. Da mesma forma que temos nossa consciência e a consciência cósmica.
Enfim este é um tema pra outros debates, mas, o que quero colocar aqui é que, nem sempre achamos as respostas apenas em nós mesmos. Que muitas coisas vem do mundo exterior e por isso acreditamos na influência dos astros, dos orixás, dos anjos e de Deus ou também até do Mal interferindo. Assim as respostas que buscamos, nem sempre estão encerradas apenas em nós e nos nossos próprios limites. Por isso, nem sempre vamos achar as respostas sobre uma pessoas olhando apenas na Carta Astrológica dela, pois tem certas influências por exemplo que são influências dos pais, e temos assim que observar como os mapas deles se encaixam com o da pessoa. Além disso podemos receber interferências dos mapas dos irmãos, de parentes com fortes ligações e até dos mapas do ambiente onde vivemos, pois o ambiente também age sobre nós. Por isso uma pessoa que tenha uma carta natal avessa ao mapa de uma nação, poderá não ser feliz nela e apenas mudando-se poderia ai encontrar a paz e sucesso. Enfim, estamos numa teia cósmica e interligados a tudo. E tudo pode influir sobre nós...
Bem vamos lá! O que eu quis dizer acima? Me referi sobre as influências externas e interligações a outras forças. Quem estuda sinistraria astrológica por exemplo, sabe muito bem de como age o mapa de um parceiro sobre outro. No entanto, poderão surgir conflitos e problemas numa relação que vão além apenas dos dois mapas envolvidos, ou seja dos conjugues. Podem pintar por exemplo, problemas com sogros e ai, a resposta estaria na ação destes com um dos conjugues ou com ambos. E assim verificar com os mapas se enterlaçam seria de suma importância.
Pois bem, levando para o lado daqui da Umbanda, especialmente Umbanda Astrológica, que tem uma visão nem tanto das escolhas apenas pessoais em si, mas, também de influências externas, sendo por isso que utilizo a astrologia como forma orácular, vamos focar um pouco na ação de forças que podem nos inclinar a agir de uma maneira, que até nós mesmos não nos reconhecemos as vezes. Ou seja, tem mulheres quietinhas, que de repente sai dando pra todo mundo, como se não pudesse se controlar; tem homens que de repente fica alucinado pela amante e de forma abrupta e equivocada, larga família e compromissos pra se arrastar aos pés da amante, sem sequer lembrar da coitada da esposa! Como também acontece com mulheres que traem o marido sem parar, mesmo que chore o tempo todo, com dor na consciência. Além disso, pessoas que começam a agir de forma equivocada em outros caminhos, ficam melancólicas, ficam stressadas, ficam mais tresloucadas e assim por diante. Enfim muda muito o comportamento.
A pergunta mais repetitiva que chega a mim todos os dias é: "estou agindo como louca, causada por minhas entidades, especialmente pombagira e exu ou por feitiço"?
Vamos lá! Nós nascemos com características próprias como já citei, heranças ancestrais, pesos cármicos e assim por diante. Mas, as pessoas não são estáticas, elas vivem de ciclos e mudanças. Ou seja, é comum você verificar que muitas pessoas mudaram conforme as fases de vida foram passando. Ela foi por exemplo, uma criança tímida, virou uma adolescente sem graça, mas, na fase adulta, ficou super interessante! Ou era totalmente levada, charmosa e virou um adulto sem graça! E ainda, pode ser um velho totalmente diferente do que foi na juventude. Ou numa fase de vida avançada, ficar mais alegre do que no tempo de atividade mais jovem. Enfim, as pessoas passam por ciclos e as que permanecem sempre com a mesma aparência e comportamento, parecendo não mudar nenhum pouco é que tem os cármas mais pesados ou se for um lado bom, as mais iluminadas que não precisam mudar e apenas continuarem originais.
Ou seja, nos mudamos mesmo tendo nossas características até porque estamos aqui pra mudar mesmo. Pois bem. Mas, assim como temos características imutáveis, eixos e raízes, temos um trajeto que não se muda assim conscientemente num estalar de dedos. Ou seja, se uma menina quietinha de repente vira uma devassa e isso é totalmente contra aos seus princípios, certamente não partiu apenas de seu eixo existencial. No caso de uma mudança sexual por exemplo, onde se começa a adulterar ou a agir libidinosamente, dificilmente será causada numa mulher ou homem, por seu exu ou pombagira pessoal. Eles sempre estiveram no contexto dessa pessoa e não vão agir de forma influenciadora bruscamente, assim de repente!
Então, vamos tocar em mais um ponto polêmico e que sempre me irritou, pois estudando teologicamente não constatei. Que é a questão das entidades serem supostamente "neutras". Ou seja, quando se falam mal de Exu por exemplo, vem os defensores e alegam o seguinte: "Exu não é bom e nem mal, e sim o médium que poderá usá-lo para o bem ou para o mal...". Errado, não é bem assim. Não tomem essas entidades de esquerda como moleque de recado, fantoches e que qualquer um vai usar como quer. Na verdade tem exus poderosíssimos que mago negro nenhum vai conseguir controlar. O que esses magos negros utilizam são falsos exus, kiumbas que se passam por entidades outorgadas.
Mas, por que estou tocando nisso? Porque tem pessoas que ao tratar nessas mudanças bruscas de algumas pessoas, atribuem por exemplo que algum mago pode ter "aprisionado" a pombagira de uma mulher, pra escravizá-la. Bem, essas tentativas existem constantemente, mas, isso só ocorrerá se fizer parte do carma dessa mulher, e vai gerar punições a esse insolente que agiu apenas como instrumento de uma lei maior pra provocar esse acontecimento necessário. Ou seja, Exu é praticamente a força primordial da Umbanda, que abre tudo, ela representa a maior magia dos orixás. Exu não é analfabeto, não é desentendido e é o maior dos magos entre os orixás. Tanto que é mensageiro entre os orixás, conhece todas as dimensões e é responsável pela sexualidade humana.
Enfim, Exu não é neutro, tem função bem definida e pode castigar quem se envolver sem outorga e conhecimento. Tem pessoas que imbecilmente em seus templinhos, chamam exus de "escravos". Tomem muito cuidado com o que afirmam e praticam. Na guerra entre pais de santo por exemplo, um vai vencer o outro, não só porque um deles seja mais forte, mas, também porque um é mais sábio e ainda, por motivos como por exemplo, as entidades dele ter maior outorga. Ou identificar que o propósito é mais justo e liberado pelo astral.
Assim tenha noção de que não é apenas ir lá fazer uma macumba que ela terá efeito. Na maioria delas não terá efeito nenhum. Não basta apenas fazer e esperar a fatura, como se fosse um sistema de uma empresa. Tem que saber, além de, se o ritual foi bem feito, se foi nos parâmetros certos, como dia, hora e local, e acima de tudo, se a entidade aceitou ou se concordou com a ação. Muita gente pensa que exu é idiota que basta lá ir dá um charuto, uma farofa ou uma cachaça que vai manipulá-lo como quiser! Engana-se totalmente meu caro desavisado! Reveja seus conceitos.
Bem, então de repente um casamento desmorona, uma relação esfria, o desinteresse aparece, e magoas, insatisfações, amarguras e desprezo, do nada se torna presente. Em grande parte dos casos, especialmente nas grandes cidades onde há gente que trabalha com magia o tempo todo, correndo como louco atrás de dinheiro, a macumbaria corre solta. Mas, voltando ao assunto sobre a interferência. Como vinha dizendo, interferências externas, nesse caso aqui de magias. Quase sempre usa-se magias sexuais, pois buscam desanimar um dos parceiros ou fazer com que ele só tenha interesse por quem fez a magia.
Bem na maior parte das ações, o pai de santo, apenas utiliza conhecimentos já bem batidos, os rituais quase sempre os mais nojentos possíveis e em 90% dos casos são espíritos malignos usados na ação e não propriamente entidades da Umbanda ou Candomblé. Pois como disse, as entidades respeitam a lei maior, tanto a Lei de Pemba, quanto as leis ancestrais, divinas e astrais. Por isso quem pega as causas e agem são espíritos sem lei, das sombras e que militam o esgoto astral.
E mais uma coisa, meu caro leitor, sabemos que o egoísmo é o principal agente dessas maldades. Por isso quem quer a todo custo conquistar seu alvo, seu amor, seu amante ou destruir uma pessoa, fica cega por seu egoísmo, ira e paixões desenfreadas, não querendo nem pensar nas consequências. Vai lá e paga o que for preciso. E o agente suposto "magista" que não é bobo nem nada, quer ganhar a grana, não quer nem saber se servirá pra alguma coisa ou não. E ai já sabe né, vem merda pela frente. Vivem sujando e profanando cemitérios, blasfemando nas encruzas, agredindo locais sagrados e mexendo com magias que não conhecem direito. Depois a conta é cobrada.
Mas, aqui meus amigos não tem esse negócio de mais palavras não, aqui se estuda as possibilidades e ações incansavelmente e sem medo. Então respondamos mais uma vez a seguinte pergunta: "porque então essas magias porcas, prejudicam as pobres vitimas e alvos dos ataques e não pega apenas nos inconsequentes?". Muito simples meu caro leitor atento, muito simples. Bem, na maioria das vezes as magias não dão em nada, mas, uma parcela atingem sim em cheio o alvo, mesmo que depois atinjam e atingirão sim os mau feitores. Por dois motivos. Primeiro porque a vitima provavelmente mereceu, está com carma aberto pra receber tão ação e porque descuidou-se espiritualmente e estava vulnerável. Tudo tem haver com o peso cármico de cada um. Assim se a pessoa é boa, protegida e não deve nada, ela pode até balançar, pois os contratempos são para todos, como uma arvore na floresta que balança com todas as outras, com o vento forte... Porém ela vai se recuperar rapidamente.
Mas, pode alguém tirar a vida, a saúde e sossego de outra? Onde está a lei maior e os protetores cósmicos? As vezes sim, pois como se mata friamente com armas físicas, mata-se também por energias pesadas invisíveis. A inveja e olho gordo por exemplo, causa muito mal as pessoas que estão vulneráveis a elas e que se conectam a pessoas ruins. Mulheres que transam por exemplo com homens drogados, bêbados, assassinos, traficantes e de sangue-ruim, estão sugando (caso tenham mediunidade aberta), toda energia ruim e pegando uma zica enorme.
Até mesmo a teologia bíblica, deixa claro as ações a distancia, e interferências de espíritos ruins. Lembrem-se que o Arcanjo Rafael, libertou uma jovem que era viúva, onde um espírito mau sempre matava os maridos dela. E foi preciso o anjo orientar um ritual pra Tobias fazer e libertar a moça. Sabemos também que Cleópatra enfeitiçou o grande conquistador Romano que invadiu seu país. Que Salomão com encantos sobrenatural, comeu centenas de mulheres lindas. E assim por diante...
Enfim mas, voltando a dominação. Muito se fala em terreiros e entre médium que um pai de santo poderia prender a entidade de um filho de santo e dominá-lo. A princípio isso é possível sim. Porém, não é uma tarefa fácil. Há uma série de princípios ocultos, que Crowler estudou muito e até chegou a dominar. Mas, em primeiro lugar, volto a referir sobre o carma e sobre o merecimento, abertura e aceitação. Ou seja, muitas médiuns que são usadas por pais de santo e ficam encantadas, não são só por domínios magísticos, mas, porque também há um encantamento natural. Ou seja, muitas mulheres se abrem e se atraem por alguma coisa na pessoa que domina. Se não haver nenhuma atratividade e encanto astrológico de um pelo outro, jamais a magia irá ajustar isso.
Ou seja, essas dominação onde as entidades de um domina as entidades do outro são raras. Funciona em pouquíssimas pessoas e acima de tudo como citei, tem que haver uma abertura no minimo inconsciente. Mas, na maioria das vezes o que ocorre é que as entidades de uma pessoa não ajuda a escravizá-la, e sim através de magia há uma substituição de certas entidades. Por exemplo, uma pessoa que se escraviza a outra, mesmo sabendo que tá se humilhando e que o outro não merece aquilo, quase sempre, envolve magia ou em alguns casos é uma sobreposição de energia natural da pessoa. Ou seja, tem pessoas que tem um poder místico sem fazer magia nenhuma. Tem mulheres por exemplo, que tem uma pombagira fortíssima que atua por ela sem nem ela mesma saber, mas, que domina qualquer homem com seu poder de Ori.
Enfim, quando eu falo em substituição de força ou dominação, falo que há quem domina o outro tanto com uma energia inconsciente. E há também com energia programada ou magia. Assim voltando ao caso de uma mulher por exemplo que muda de repente de um estado de puritana pra devassa, em muitos casos, quase sempre na maioria, não é causada pela pombagira própria dela, mas, por uma outra colocada, enviada nas encruzas, cemitérios ou de outros locais de bruxaria negra. Ou seja, pode ser enviada uma pombagira que domina a pombagira dela e amarra a pombagira original e toma seu lugar. Por isso a mudança de comportamento brusco em muitas mulheres. Estes são os piores obsessores para uma pessoa, os que interferem no comportamento.
Há uma combatividade exagerada por causa do puritanismo cristão, especialmente sobre a sensualidade, mas, essas pessoas certamente não conhecem nada dos orixás e muito menos de pombagiras. Por isso, preferem pombagiras com roupas de ciganas, como se toda pombagira fosse cigana. Não existem apenas pombagiras, com trajes e formas de comportamento ligado as mulheres sofredoras, rejeitadas e com ligação ao desprezo. Não pense que toda pombagira tem que se mostrar bem vestida como cigana, com roupas longas e cara de sofrimento. Ou como se fossem dançarinas orientais. São as mais variadas formas, mas, a forma mais convencional, não tenha dúvida é o da mulher fatal, sensual, feminina que gosta de lingeries, de batom e de perfume. Mas, não pense só na Dama Da Noite que vive nos cabarés porque foi expulsa de casa.
Tem sim algumas falanges com esses arquétipos e que pegam em cheio muitas mulheres com carmas similares. Todas as que fazem programa e se prostituem, certamente tem essas linhas atuando. Mas, outras que vencem por exemplo, na música, na arte, na TV e outros seguimentos, as falanges atuantes serão outras. Enfim, cada falange é de um jeito, mas, todas tem em si, a sensualidade como eixo. Então se ver uma pombagira vestida de freira, saiba que é apenas fetiche e provação. Elas são em si sensuais.
Quando você vê todo aquele dogmatismo, puritanismo, mesmo numa gira de pombagira, onde a mulher só roda, roda e dá risada, sem nenhuma sensualidade, pode saber, que ali há tradicionalismos paternalistas, sufocadores, lançados por outras religiões cristãs, que nada tem haver com Umbanda. Mas então, só se manifesta essa falange com vulgaridade? Não, mas, com sensualidade. Se a mulher recebe pombagira e não desperta seu lado sensual, não tenha dúvida que ela tá muito longe de despertar seu Chi e axé dessa entidade, e tá cheia de amarras e puritanismos, jamais agirá a descarga necessária pra liberar a energia vibracional.
Tem sim algumas falanges com esses arquétipos e que pegam em cheio muitas mulheres com carmas similares. Todas as que fazem programa e se prostituem, certamente tem essas linhas atuando. Mas, outras que vencem por exemplo, na música, na arte, na TV e outros seguimentos, as falanges atuantes serão outras. Enfim, cada falange é de um jeito, mas, todas tem em si, a sensualidade como eixo. Então se ver uma pombagira vestida de freira, saiba que é apenas fetiche e provação. Elas são em si sensuais.
Quando você vê todo aquele dogmatismo, puritanismo, mesmo numa gira de pombagira, onde a mulher só roda, roda e dá risada, sem nenhuma sensualidade, pode saber, que ali há tradicionalismos paternalistas, sufocadores, lançados por outras religiões cristãs, que nada tem haver com Umbanda. Mas então, só se manifesta essa falange com vulgaridade? Não, mas, com sensualidade. Se a mulher recebe pombagira e não desperta seu lado sensual, não tenha dúvida que ela tá muito longe de despertar seu Chi e axé dessa entidade, e tá cheia de amarras e puritanismos, jamais agirá a descarga necessária pra liberar a energia vibracional.
O puritanismo hoje existente na Umbanda é por causa de ela ter se rendido a opressão católica e o sufocamento causado pelo kardecismo. Poucos defensores da Umbanda tem coragem de falar sobre sexo, de defender a liberdade e saber usar a sensualidade sem promiscuidade. Não é porque uma mulher tira a roupa ou é livre que ela tem que ser vulgar.
A pombagira vem até os médiuns e atuam de frente em quem veio a esta vida pra poder se compreender, se entender como ser sexualizado e se libertar de amarras. A história contada por Da Matta, que pombagira era rainha dos 7 reinos e mostrando uma entidade quase passiva que só roda, eu discordo plenamente. Ela é a representação total da feminilidade e desperta em toda mulher seu lado mais sensual possível. Se houver bloqueios virão problemas.
A pombagira representa justamente a mulher que ama, que sente arrepios de desejo, que é feminina que luta por espaço e que sabe sentir o amor. Mas, cada grau e ciclo ou hierarquia se manifesta de uma forma, por isso algumas mulheres que tem pombagira conquistam e outras são apenas conquistadas.
E a literatura sobre pombagira é muito pobre, pouco se conhece sobre a maioria delas. Tem livros que falam das mais populares, mas, 95% delas não sabemos nada. Isso porque é tudo como falei muito do âmbito individual. Podemos encontrar duas mulheres com Maria Mulambo por exemplo, que são diferentes, ter origens e ancestralidades diferentes. Apenas militam na mesma falange.
Mas, voltando ao fato das influências externas, e como falei da influência magística que interfere na vida das pessoas, quero falar em outra forma de interferência externa. Como falei anteriormente do mapa de uma pessoa ser tocado ou influenciado pelos mapas natais dos pais e sogros por exemplo, falo também agora, das maldições familiares. Mas, isso existe? Sim, existe. E muitos seguimentos trabalham esse caso pra libertar família e pessoas.
Mas, como se dá essa maldição familiar no âmbito da Umbanda. Bem muito se falam no meio espiritualista, especialmente do kardecismo, de encostos. E sabemos que muitos encostos são pegos por acaso, como por exemplo, se frequentarmos um lugar amaldiçoado, mexer com forças satânicas ou ser vitima de feitiços que giram aleatoriamente. Quando acha a pessoa predisposta esse espíritos se encostam.
Mas, uma forma mais grave diz respeito, a maldição familiar, que não dá pra aprofundar agora no assunto. Porém se trata especificamente de carmas repassados de pais pra filhos. Ou missões herdadas dos ancestrais. E tem também casos de encostos que passam de mãe pra filha ou de outra pessoa da mesma linhagem. Assim tem meninas que nascem inclinadas a ser "putas" cumprindo um carma familiar. Não se herda apenas a cultura, os traços físicos, beleza, força espiritual e bençãos, mas, pode também receber maldição. Vejam que os patriarcas, davam todo apreço as bençãos dos pais quando estes estavam no leito de morte. Jacó até fraudou seu posto de filho mais novo pra receber a benção como primogênito. E da mesma forma que se repassam bênçãos, se repassam maldições.
Tem muitos filhos que ouvem pragas dos pais por que desobedeceram e jamais conseguem se libertar e se firmar. Como também tem os que são abençoados com fervor e se dão super bem na vida. Então vemos em muitos clãs e famílias, inclinações a certas coisas, pois aqueles membros fazem parte de uma linhagem ancestral compromissada a uma missão. Então tem famílias onde a avó foi mãe solteira, a mãe foi mãe solteira e a filha acaba sendo também. Pois há uma inclinação e maldição familiar que não foi quebrada. E muito do que se sofre hoje como por exemplo bloqueios femininos, submissão e uma forma de ver a mulher como objeto ou ser submisso, vem lá de trás de heranças ancestrais. E só quem conseguem quebrar essas tradições bloqueadoras, conseguem ser realmente livres pra desenhar seu destino a sua forma.
Foi por causa do patriarcado que a mulher foi podada de seu lado mais sensual e feminino de ser. Sua essência foi aprisionada e o cristianismo causou ainda mais complexo de culpa e medos na essência da mulher. E isso foi terrível. E apenas a Wicca ainda tem coragem de buscar essa força com liberdade.
Muitas mulheres que tem pombagira abusam do poder que tem e extrapolam seus limites e isso traz consequências graves. Cada um não deve apenas se certificar da força que tem, mas, também verificar sua outorga, seus deveres, regras e missões...
A mulher que sente um grande poder de conquista, geralmente tende a declinar ao abuso da sensualidade. Muitas se jogam no mundo da pornografia, sem saber que na verdade era pra ser justamente o oposto. Ou seja, ela veio com muita energia sexual, para justamente ter domínio de seus dons e utiliza-los pra crescimento.
Então eu estou demonizando o sexo e dizendo que o mundo erótico é ruim? Não, estou defendendo aqui justamente o contrário, como por exemplo atacando a hipocrisia e puritanismo. Tem pessoas que vem ao mundo com liberdade pra ser prostituta, pra fazer filmes pornôs e pra curtir o sexo em toda sua amplitude. Mas, de forma natural, sem abusar dos dons e mediunidade. Porém tem outras que trazem muito poder sexual, mas, que jamais poderiam utilizar comercialmente. Por isso é sempre bom se conhecer em nível espiritual.
E não são poucas as que adentram o mundo pornográfico ou de prostituição que não buscam ajuda magística pra ganhar muito dinheiro e clientes. Muitas pessoas chamam até de fechar o corpo e aumentar o magnetismo. Bem de um ponto de vista é até bom. Mas, do ponto de vista espiritual não. Pois estará incorrendo em erros mercantilistas de vidas passadas, queimando seus créditos cármicos e espirituais e abusando do corpo, juntamente com a destruição da mediunidade. Até porque tem dias que não se pode ter sexo. Mas, se for uma profissional e tá recebendo ela fará e quebrar regras de seus protetores e carma.
Também isso varia muito se o orixá de cabeça, guia e mentor dessa pessoa que adentra o mundo do sexo é um orixá que libera a atividade sexual desse tipo. Se seu orixá carmico e ancestral, aprova essa tomada de decisão e se sua missão não era justamente o oposto.
Uma mulher não pode se privar de sua sexualidade. Não pode se podar, ficar presa no puritanismo criado pelas religiões, especialmente as cristãs. A igreja cristã que tomou bases nas cartas de Paulo, que as escreveu com uma mente retrógrada e pelo visto cheio de arrependimento, por extrapolar em meio a seu passado romano, gerou tantas perseguições...
A mulher tem que se sentir linda, sensual e gozar muito. Tem que amar, se masturbar quando está sozinha e sentir seu corpo. Toda mulher tem pombagira e por isso precisam extravasar energias, desbloquear os chacras e mentalizar o que é bom pra não privar a mente das energias orgásticas. Toda mulher tem pombagira - a diferença é que em parte a pombagira é passiva e em outras é ativa.
A mulher que tem pombagira ativa, é mais fogosa, a ponto de até assustar os homens na cama. A mulher que tem a pombagira passiva, é mais contida. Mas, também depende de qual linha é essa pombagira. De que grau ela pertence. Além de precisarmos saber se ela tá de frente, nas costas, do lado ou apenas auxiliado. Um outro fator importante é que a pombagira não atua apenas no âmbito sexual e amoroso, mas, pode ajudar a conquistas nos negócios e em outras areas, inclusive no nível de saúde.
Tem muitas pessoas que adoecem do útero, da bexiga, dos rins da vagina, pegam vírus, ficam doentes de alguma parte do sistema genital, justamente por ter problemas com sua pombagira. Tem mulheres que tem uma libido incontrolável e se entrega a qualquer um e suga ou é sugada toda energia no ato sexual. Tem mulheres que ao ter um kiumba no lugar da pombagira que vai virar garota de programa pra que sua energia sexual alimente seres trevosos.
Mas, como eu disse, a força de pombagira serve pra muitas conquistas. Não só da mulher mas, do homem tambem. Quem tem uma pombagira ativa, sendo homem vai comer e conquistar muitas mulheres. Assim como uma mulher com o axé bem forte de pombagira vai deixar louco de desejo todo homem que cruzar seu caminho.
Tem ainda que se compreender que há muitas qualidades de pombagiras. Uma mulher jovem tem uma força voltada a controlar e conhecer sua puberdade. Já uma mulher adulta já recebe uma outra força dentro de um novo ciclo. O elemento também é importante, como também a filiação, a ancestralidade, os odus e a hierarquia. Uma mulher que tem Maria Padilha de fogo tem mais agitação que uma mulher que tem Maria Padilha de agua por exemplo, que será mais romântica e sensível. Uma mulher que tem uma pombagira caveira, tende a ser mais carrancuda, mais fechada e carregar um carma mais voltado a dores da alma como por exemplo ter sofrido muito de solidão na vida anterior.Uma garota que tem uma pombagira menina, vai brincar muito com os homens, atiçando e provocando ciúmes, como a Helena da novela "Em Família" da Rede Globo. Só que ela não é muito de transar, mas, apenas de atiçar. Já as que tem pombagiras de encruzilhada são mais ligadas a conflitos de relações e ai são mais diretas em buscar sexo... Enfim são muitas falanges...
Tem pombagiras que atiçam o adultério. Outras atiçam a conquista mas, na hora H evitam o envolvimento. Uma mulher com pombagira ativa de frente, é mais destemida, não leva desaforo pra casa, é extremamente fogosa e apimentada e não tem medo de desafios. Só que quando é ativa e de frente, a energia é muito forte, relações intensas, turbulentas e sexo com muito fogo. Chega a assustar a própria mulher.
São muitas pombagiras, avaliando pelo prisma da Umbanda Astrológica, temos pelo menos 360 entidades de grau elevado que atuam na nossa Umbanda sobre as pessoas, estas obedecendo a outras 36 chefes. Que por sua vez atendem a 12 comandantes supremas. São muitas pombagiras atuantes, de várias falanges onde essas 360, trabalham com mais outras milhares.
Se for uma filha de Iansã com uma pombagira de frente, a coisa fica ainda mais agitada e tensa, muito fogo e muita energia. Se for de Ogum, também é muito briguenta e agitada. A mulher que tem uma pombagira ativa, tem que controlar seu axé e sua bio-energia, ou terá muitas inimigas, muitas relações extraconjugais e uma vida de muitos conflitos.
Uma pessoa com uma pombagira descontrolada atrás, é mau humorada, cínica, possessiva, insegura, trai e é traída. Quando ela tem boas entidades de direita que contrabalança, ainda fica uma coisa mais suportável e fica aquele jogo de gato e rato, com uma vida cheia de altos e baixo. Mas, os transtornos, stress, melancolias, mau humor e depressão sempre surgirão.
Tem pombagiras mais comedidas, que evitam inclinar suas protegidas para o mundo do sexo, mas, sim pra cumprir seus ideias de liberdade por outros caminhos. Como por exemplo, ter seu lar, sua família e ter sexo com segurança. Muitas mulheres tem pombagiras que mesmo ativas são bem pacatas. Pois ela pertence a uma hierarquia bem harmônica, como Oxalá por exemplo... Além disso o foco é outro. Mas, não impede que ela tenha uma vida sexual bem ativa.
Ela recebe em seu seio ancestral essa pombagira serena justamente pra poder evitar abuso, derreter o carma e trabalhar em prol de quem precisa. Nós temos muitas entidades que atuam em nós. A Umbanda vem cometendo um grande erro em se inclinar só pra práticas com chamados encantados e deixando de lado os orixás. Mas, as vibrações dos orixás são muito importantes pra definirmos o papel de uma pessoa no mundo. Por exemplo uma pessoa que tem um orixá de frente fraco, dificilmente ela conseguirá se impor, se firmar na vida e se dar bem no mundo material. Uma pessoa que tem seu Pai de Cabeça fraco, não conseguirá imprimir suas ideias, defender sua linhagem e se dará mal com muitas disputas, conseguindo muitos inimigos. Quem tem a Mãe de Cabeça fraca certamente se dará muito mal no amor e com as mulheres. E quem tem um Orixá de Cabeça fraco, não tem firmeza, será inseguro, muito indeciso e sempre dominado pelos outros...
E quanto ao poder de dominar os homens? A sim tem sim. Mulheres que dominam por onde passam deixam os homens loucos. Tem mulheres com pombagiras fortes que adoram pisar nos homens, usá-los e jogar fora. E tem outras que adoram colecionar amantes, um homem só jamais lhe contentará.
Tem pessoas que vieram ao mundo com nariz empinado. No fundo elas gostam das pessoas fortes e vivem pra derrotá-las ou se igualar a elas. Mas, também não vivem seu os fracos, sem os que rastejam por seu amor e se humilham pra servi-los. Tem pessoas que trazem este poder natural de agregar seguidores e tem outros que conseguem isso por meio de magia. Por isso que tem empresários por exemplo que conseguem impérios e depois perdem tudo, pois perderam o controle desse axé...
Tem também os que conquistam muitas mulheres, vivem muitos casamentos e acabam ficando sozinhos em certa fase da vida. E tem os que tem alma de amante, são D. Juan naturalmente, pois tem um axé sexual e sensual fortíssimos. Claro que se não aprender a cuidar e utilizar dessa força ela pode se dissipar ou ser bloqueada pelo Astral Superior se ele cometer abusos...
Tem as mulheres que tem pombagiras rainhas, que são mais sofisticadas, tem poder de controle, se tornam altas executivas, políticas poderosas, empresárias e famosas de sucesso. Mas, que não abrem mão do sexo. Adoram curtir e dominar, domando os homens na cama...mas, nem todas sabem usar essa energia. Até tem mulheres que conseguem muito dinheiro e poder material mas, são infelizes no amor e ao invés de dominar só sofrem com cafajestes. Isso porque não souberam extrair o axé de sua pombagira rainha que são sempre exigentes e não gostam de corpo mole...
Porém tem pais de santo que não conhecem bem o assunto e falam em "tirar a pombagira" sem saber que isso é errado. Que faz parte da ancestralidade dessa mulher. O que tem que ser feito é dar luz, apaziguar, firmar e batizar. Jamais tirar. Caso tentem ou façam algo que a afaste, a mulher pode enlouquecer e ter diversos problemas, especialmente de saúde. Além de perder toda atratividade no amor e ficar fria na cama. Já as mulheres que tem uma pombagira passiva, pode ser normal se ela não for de frente, se for de um elemento harmonico com seu orixá ou se for apenas uma linha secundária. Porém se for uma pombagira passiva de frente, com muitas dívidas cármicas e ancestrais, ela será infeliz no amor, ruim de cama e sempre usada pelos homens e descartada. Por isso a mulher tem que estudar bem cada caso é um caso. E evitar pais e mães de santo ruins, despreparados que só querem seu dinheiro. Estudos profundos devem ser feitos pra que os tratamentos e magias sejam fortes, eficazes e corretas. Muitas mulheres perdem seu amor pra outras, porque sua pombagira tá fraca e a da outra ta forte. Muitas perdem o marido quando uma mulher com pombagira forte cruza seu caminho e ela não se defende magisticamente. E muitas não conseguem um amor de verdade porque não cuida de sua pombagira.
Outra coisa absurda, ridícula e mentirosa que circula nas umbandas é que homem não teria pombagiras! Tem sim, todo homem tem pombagira pois o eterno feminino também atua nele, assim como toda mulher também tem Exu pois o Eterno masculino atuam nelas também... E essa história de que homem que tem pombagira é homossexual e mulher que tem exu de frente é lésbica é apenas uma grande bobagem. Na verdade a homossexualidade depende de muitas outras configurações e não apenas um fator... O grau de fetichismo, sadomasoquismo, frieza ou libidinosidade de um homem ou uma mulher, tem ligação direta com seu chacra sexual, seu orixá do sexo, seu exu e sua pombagira... O grau de promiscuidade ou de puritanismo tem relação com as configurações desses poderes, ancestrais, cármicos e físicos. Tem gente que por causa da tradição oral equivocada, pensa que só tem um único orixá, um único signo ou que só tem um único exu ou pombagira. Na verdade o que atua é uma hierarquia, com funções, ligações ancestrais e as forças que atuam pela saúde, são uma e as que atuam pelo sexo por exemplo, são outras. Em algumas pessoas podem ser as mesmas forças, mas, depende muito dos odus de cada um...
A mulher que tem uma pombagira ativa também quando tá muito acelerada, não fica satisfeita com qualquer homem, vai trair ou ser traída e um fogo incontrolável. Dependendo claro que que linha é... mas, ela tem que ter noção que não pode transar em certos dias do ano, certos dias da semana e em certos lugares. Motéis por exemplo, poderão ser muito nocivos a certas mulheres que tem pombagira de frente é são filhas de Obaluaê, Nanã ou Ossaim e Oxóssi. Tem mulheres também que tem mediunidade como esponja e suga energias dos parceiros, assim se transarem com homens de alma suja, drogados, bebados, assassinos ou que tenham encostos elas pegarão energias sujas e terão problemas. Em especial se transarem com homens que fizeram pactos...Outra coisa que se nota em mulheres que tem força atuante de pombagiras guerreiras, que são bem harmonizadas, especialmente com Ogum, Exu, Iansã e Xangô, é que são mulheres que tem força e coragem pra defender causas. Defendem os amigos, defendem os oprimidos e defendem o que acham certo, sem pestanejar...
A Grande Maga da Encruza
A SENHORA DA ENCRUZA.
Na Umbanda, a entidade espiritual que se manifesta incorporada em suas médiuns está fundamentada num arquétipo desenvolvido à partir da entidade Bombogira, originária do culto Angola. Mas ela não se manifesta apenas em mulheres como também nos homens. Nos cultos tradicionais oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a fundamentasse. Ela era apenas a parte feminina da personalidade de Exu. Mas, quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800 ou um pouco antes), estes aqui se encontram com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos Orixás. Porque sabemos da dualidade contida na natureza e ela está presente também em Exu.
E com o passar do tempo às formosas e provocativas Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele. Na minha visão de Umbanda-Astrológica eu a vejo como a companheira de Exu, a Lilith, a Lua em sua fase negra, mas, de certa forma a outra metade de Exu ou sua natureza feminina é também aceitável. Porque sabemos que todos os seres muito provavelmente se dividiram, mas eram no principio hermafrodita. No entanto mesmo se dividindo resta ainda em cada ser uma parte do outro sexo.
No entanto, Bombogira marota e astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de independência. E não é possível se encontrar poderosas Pombagiras comandando vários exus com toda força de comando e inteligência magisticas.
Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar, dar prazer na cama e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o “eu interior” feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.
Mas sua força, além de complexa, trouxe confusões a muita gente. Aumentando assim fortemente a homossexualidade e comportamentos libidinosos nas pessoas. Sendo que o período mais pesado ocorreu com a passagem de Plutão pelo signo de Escorpião, a qual amplificou muito a liberdade sexual, mas também trazendo ao mundo o surgimento da AIDS com muita força destrutiva, a qual vem tirando o sossego da humanidade até hoje.
Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres. Enganam-se quem pensa que esta entidade só atua no Brasil. Ela trabalha em todos os continentes sob variadas formas e com diversos nomes.
Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada; exibicionista e provocante; insinuante e desbocada; sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade. Mas isso não é nem de longe benéfico a humanidade, não foi daí que surgiram o adultério, prostituição infantil, trafico de mulheres ou de drogas, mas foram amplificados, pela incompreensão das pessoas ao lhe dar com a verdadeira energia oculta da natureza de Bombogira. Essa é sim uma força muito perigosa. Conheço vários Pais-de-santo que pagaram caro por usaram exageradamente essa energia.
Ela foi logo se apresentando como a "moça" da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes. Mas esse não é nem de longe seu perfil verdadeiro. Essa é sim a Senhora ainda em evolução, que está em busca da luz espiritual. Ela é enxergada assim, porque assim se apresentam as que trabalham mais próximas do terra/terra. Mas na verdade a Bombogira já elevada ao posto de Senhora das Encruzas ou Rainha, não deseja nem necessita desse tipo de oferenda, ele e já um orixá e trabalha pelo equilíbrio da sexualidade humana.
"O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais". Vejam nessa afirmação, que se trata de arquétipo ainda em evolução; que está em luta constante com as regras e que por isso requer também uma intervenção direta dos médiuns, pois a Umbanda e Quimbanda se entrelaçam em seus triângulos, sendo que a ajuda precisa ser mutua.
Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida, e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: "É isso mesmo"! Mas não se enganem, pois há um segredo oculto por traz de tudo isso que só os verdadeiros buscadores vai compreender. E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas. No entanto muitos exageram nessa busca pela tal “liberdade”, pois o homem tem a ilusão de que pode fazer o que quiser, mas ele vive debaixo de Leis.
Daí coloca para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto. No entanto nem todos conseguem entender qual realmente é a verdadeira mensagem que essa Senhora nos quer passar. Mas, a todos eles ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz. Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades. Mas em meio a tudo isso muitos só conseguem confusão, por que a vêem como uma simples escrava, que recebe pagamentos nas encruzilhadas e que usara sua magia para realizar pedidos.
Um outro erro notado em quase todas as casas de culto é o limitado numero de Pombagiras. Muitos chefes de terreiro só identificam Pombagira com poucos nomes sendo que a mais conhecida é Maria Padilha. Não sabendo que temos Pombagiras, do fogo, da água, do vento, das flores etc., e que cada uma tem uma afinidade, missão e atua num plano de ação muito bem definido.
Passou-se a admirar e amar esse fantástico arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento. Pois grande parte da humanidade se identifica facilmente com ele. Pombagira é isto. É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina.
Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação. Ela é a Kundalini Sagrada e em seu estado mais elevado quando se encontra repleta de Luz, pertence à Corrente Astral de Afrodite, atuando até mesmo como Eros.
Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa. Saibam que assim como a mulher não é só para estes afazeres, a Pombagira também não se presta apenas a atender pedidos e realizar desejos. Antes ela é um desafio que requer de nós compreensão e ajuda-nos a evoluir nossa espiritualidade por meio de nossos sentimentos.
Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas "Moças da Rua", as companheiras de Exu. E quem compreendeu seu verdadeiro sentido e auxilio conseguiu sim evoluir e aliviar o carma.
A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda-Astrológica sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, "por baixo dos panos", o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo. Mas, a maioria das pessoas não consegue admitir que tenha uma natureza cheia de defeitos que precisa ser remodelada e amoldada conforme suas necessidades carmicas.
Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos, mais profundos, intensos e desafiadores, mas também seus pesadelos; provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador. Por isso muitos se achando melhor que os demais passam a andar com uma Bíblia debaixo do braço dizendo que somente o Cristo é que importa. E só porque não trabalha nos sábados, paga o dizimo e vão à igreja todos os dias tem muita luz no espírito, se tornando uma pessoa sem pecados.
Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas. E não adianta ficar o tempo todo com a Bíblia na mão achando que se livrou dessa companhia, pois ele é parte de cada ser humano e se manifesta no sexo, nos desejos, como também no subconsciente. Certamente se Freud tivesse conhecido essa força desafiadora ele não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos. Mas para azar dele e sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas.
No entanto, temos infelizmente muitas Pombagiras involuidas que trabalham em terreiros mal conduzidos que só fazem levar ao povo muitas confusões e desequilíbrios, muitas vezes irreversíveis. Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar, mas quando o ensinamento vem de mãos erradas induzindo a erros, como tomar o parceiro do próximo, ou jogar maldições, só o que se encontra é desarmonia.]
Seus nomes, quando se apresentam, são simbólicos ou alusivos. E o pior é que a maioria dos templos só conhece e trabalha com um numero limitado de personificações. Na verdade existe uma quantidade quase inumerável de Pombagiras que trabalham na Linha de todos os Orixás. E tenham por certo que cada uma delas tem a afinidade perfeita com a energia cósmica de seu médium. Uma Pombagira das Sete Encruzilhadas para uma pessoa atua diferente para outra conforme o elemento, o signo e o seu poder ou grau na Hierarquia.
Também como os orixás, existem as definições por ciclos, sendo que umas trabalham na linha vibratória dos Guias, outras com os Protetores e as mais fortes com os Orixás Menores. Para ter uma noção mais profundo sobre isso é que eu crie a UMBANDA-ASTROLÓGICA, um método inovador que estuda com precisão o mapa natal do individuo e tem uma visão mais profunda do que uma consulta por incorporações.
Que a Senhora Pombagira das Almas, traga luz ao caminho de todos os brasileiros na caminhada e na busca espiritual, trazendo amor para todos. E o mais necessário prudência!
O simbolismo dos nomes é típico da Umbanda porque na África, ele não existia e o seu arquétipo anterior era o de uma entidade feminina que iludia as pessoas e as levavam à perdição. Já na Umbanda e agora mais aprofundado aos astros na UMBANDA-ASTROLOGICA, é a configuração astrológica que vale, sendo que a própria posição das forças astrais apresentadas na hora do nascimento é que contem a visão da força que representa o lado oculto dos nativos. Assim orienta e ajuda a todos os que as respeitam e as amam, confiando-lhes seus segredos e suas necessidades, porque elas podem buscá-la com muito mais precisão e firmeza.
Elas são ótimas psicólogas e podem orientar também nas giras de bons terreiros, mas nem todos estão aptos a entender seus ensinamentos. Sabemos que são muito boas psicólogas e se a procurarmos seus conselhos com a mente aberta e o coração limpo vamos sim encontrar uma resposta. E que psicólogas! "Salve as Moças da Rua"! No tarô poderemos identificá-la nos arcanos, assim como na Umbanda-Astrológica, através não de uma só força ou ponto, mas de uma leitura completa de toda configuração revelada.
No seu mapa de UMBANDA-ASTROLOGICO, analisa-se quais correntes, falanges e em cada grua que a Pombagira trabalha.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
Na Umbanda, a entidade espiritual que se manifesta incorporada em suas médiuns está fundamentada num arquétipo desenvolvido à partir da entidade Bombogira, originária do culto Angola. Mas ela não se manifesta apenas em mulheres como também nos homens. Nos cultos tradicionais oriundos da Nigéria não havia a entidade Pombagira ou um Orixá que a fundamentasse. Ela era apenas a parte feminina da personalidade de Exu. Mas, quando da vinda dos nigerianos para o Brasil (isto por volta de 1800 ou um pouco antes), estes aqui se encontram com outros povos e culturas religiosas e assimilam a poderosa Bombogira angolana que, muito rapidamente, conquistou o respeito dos adoradores dos Orixás. Porque sabemos da dualidade contida na natureza e ela está presente também em Exu.
E com o passar do tempo às formosas e provocativas Bombogira conquistou um grau análogo ao de Exu e muitos passaram a chamá-la de Exu Feminino ou de mulher dele. Na minha visão de Umbanda-Astrológica eu a vejo como a companheira de Exu, a Lilith, a Lua em sua fase negra, mas, de certa forma a outra metade de Exu ou sua natureza feminina é também aceitável. Porque sabemos que todos os seres muito provavelmente se dividiram, mas eram no principio hermafrodita. No entanto mesmo se dividindo resta ainda em cada ser uma parte do outro sexo.
No entanto, Bombogira marota e astuta como só ela é, foi logo dizendo que era mulher de sete exus, uma para cada dia da semana, e, com isso, garantiu sua condição de superioridade e de independência. E não é possível se encontrar poderosas Pombagiras comandando vários exus com toda força de comando e inteligência magisticas.
Na verdade, num tempo em que as mulheres eram tratadas como inferiores aos homens e eram vítimas de maus tratos por parte dos seus companheiros, que só as queriam para lavar, passar, cozinhar, dar prazer na cama e cuidar dos filhos, eis que uma entidade feminina baixava e extravasava o “eu interior” feminino reprimido à força e dava vazão à sensualidade e à feminilidade subjugadoras do machismo, até dos mais inveterados machistas.
Mas sua força, além de complexa, trouxe confusões a muita gente. Aumentando assim fortemente a homossexualidade e comportamentos libidinosos nas pessoas. Sendo que o período mais pesado ocorreu com a passagem de Plutão pelo signo de Escorpião, a qual amplificou muito a liberdade sexual, mas também trazendo ao mundo o surgimento da AIDS com muita força destrutiva, a qual vem tirando o sossego da humanidade até hoje.
Pombagira foi logo no início de sua incorporação dizendo ao que viera e construiu um arquétipo forte, poderoso e subjugador do machismo ostentado por Exu e por todos os homens, vaidosos de sua força e poder sobre as mulheres. Enganam-se quem pensa que esta entidade só atua no Brasil. Ela trabalha em todos os continentes sob variadas formas e com diversos nomes.
Pombagira construiu o arquétipo da mulher livre das convenções sociais, liberal e liberada; exibicionista e provocante; insinuante e desbocada; sensual e libidinosa, quebrando todas as convenções que ensinavam que todos os espíritos tinham que ser certinhos e incorporarem de forma sisuda, respeitável e aceitável pelas pessoas e por membros de uma sociedade repressora da feminilidade. Mas isso não é nem de longe benéfico a humanidade, não foi daí que surgiram o adultério, prostituição infantil, trafico de mulheres ou de drogas, mas foram amplificados, pela incompreensão das pessoas ao lhe dar com a verdadeira energia oculta da natureza de Bombogira. Essa é sim uma força muito perigosa. Conheço vários Pais-de-santo que pagaram caro por usaram exageradamente essa energia.
Ela foi logo se apresentando como a "moça" da rua, apreciadora de um bom champagne e de uma saborosa cigarrilha, de batom e de lenços vermelhos provocantes. Mas esse não é nem de longe seu perfil verdadeiro. Essa é sim a Senhora ainda em evolução, que está em busca da luz espiritual. Ela é enxergada assim, porque assim se apresentam as que trabalham mais próximas do terra/terra. Mas na verdade a Bombogira já elevada ao posto de Senhora das Encruzas ou Rainha, não deseja nem necessita desse tipo de oferenda, ele e já um orixá e trabalha pelo equilíbrio da sexualidade humana.
"O batom realça os meus lábios, o rouge e os pós ressaltam minha condição de mulher livre e liberada de convenções sociais". Vejam nessa afirmação, que se trata de arquétipo ainda em evolução; que está em luta constante com as regras e que por isso requer também uma intervenção direta dos médiuns, pois a Umbanda e Quimbanda se entrelaçam em seus triângulos, sendo que a ajuda precisa ser mutua.
Escrachada e provocativa, ela mexeu com o imaginário popular e muitos a associaram à mulher da rua, à rameira oferecida, e ela não só não foi contra essa associação como até confirmou: "É isso mesmo"! Mas não se enganem, pois há um segredo oculto por traz de tudo isso que só os verdadeiros buscadores vai compreender. E todos se quedaram diante dela, de sua beleza, feminilidade e liberalidade, e como que encantados por sua força, conseguiram abrir-lhe o íntimo e confessarem-lhe que eram infelizes porque não tinham coragem de ser como elas. No entanto muitos exageram nessa busca pela tal “liberdade”, pois o homem tem a ilusão de que pode fazer o que quiser, mas ele vive debaixo de Leis.
Daí coloca para fora seus recalques, suas frustrações, suas mágoas, tristezas e ressentimentos com os do sexo oposto. No entanto nem todos conseguem entender qual realmente é a verdadeira mensagem que essa Senhora nos quer passar. Mas, a todos eles ela ouviu com compreensão e a ninguém negou seus conselhos e sua ajuda num campo que domina como ninguém mais é capaz. Sua desenvoltura e seu poder fascinam até os mais introvertidos que, diante dela, se abrem e confessam suas necessidades. Mas em meio a tudo isso muitos só conseguem confusão, por que a vêem como uma simples escrava, que recebe pagamentos nas encruzilhadas e que usara sua magia para realizar pedidos.
Um outro erro notado em quase todas as casas de culto é o limitado numero de Pombagiras. Muitos chefes de terreiro só identificam Pombagira com poucos nomes sendo que a mais conhecida é Maria Padilha. Não sabendo que temos Pombagiras, do fogo, da água, do vento, das flores etc., e que cada uma tem uma afinidade, missão e atua num plano de ação muito bem definido.
Passou-se a admirar e amar esse fantástico arquétipo tão humano e tão liberalizado de sentimentos reprimidos à custa de muito sofrimento. Pois grande parte da humanidade se identifica facilmente com ele. Pombagira é isto. É um dos mistérios do nosso divino criador que rege sobre a sexualidade feminina.
Critiquem-na os que se sentirem ofendidos com seu poderoso charme e poder de fascinação. Ela é a Kundalini Sagrada e em seu estado mais elevado quando se encontra repleta de Luz, pertence à Corrente Astral de Afrodite, atuando até mesmo como Eros.
Amem-na e respeitem-na os que entendem que o arquétipo é liberador da feminilidade tão reprimida na nossa sociedade patriarcal onde a mulher é vista e tida para a cama e a mesa. Saibam que assim como a mulher não é só para estes afazeres, a Pombagira também não se presta apenas a atender pedidos e realizar desejos. Antes ela é um desafio que requer de nós compreensão e ajuda-nos a evoluir nossa espiritualidade por meio de nossos sentimentos.
Com isso feito, críticas contrárias à parte, o fato é que o arquétipo se impôs e muita gente já foi auxiliada pelas "Moças da Rua", as companheiras de Exu. E quem compreendeu seu verdadeiro sentido e auxilio conseguiu sim evoluir e aliviar o carma.
A espiritualidade superior que arquitetou a Umbanda-Astrológica sinalizou à todos que não estava fechada para ninguém e que, como Cristo havia feito, também acolheria a mulher infiel, mal amada, frustrada e decepcionada com o sexo oposto e não encobriria com uma suposta religiosidade a hipocrisia das pessoas que, "por baixo dos panos", o que gostam mesmo é de tudo o que a Pombagira representa com seu poderoso arquétipo. Mas, a maioria das pessoas não consegue admitir que tenha uma natureza cheia de defeitos que precisa ser remodelada e amoldada conforme suas necessidades carmicas.
Aos hipócritas e aos falsos puritanos, pombagira mostra-lhes que, no íntimo, ela é a mulher de seus sonhos, mais profundos, intensos e desafiadores, mas também seus pesadelos; provocando-o e desmascarando seu falso moralismo, seu pudor e seu constrangimento diante de algo que o assusta e o ameaça em sua posição de dominador. Por isso muitos se achando melhor que os demais passam a andar com uma Bíblia debaixo do braço dizendo que somente o Cristo é que importa. E só porque não trabalha nos sábados, paga o dizimo e vão à igreja todos os dias tem muita luz no espírito, se tornando uma pessoa sem pecados.
Esse arquétipo forte e poderoso já pôs por terra muito falso moralismo, libertando muitas pessoas. E não adianta ficar o tempo todo com a Bíblia na mão achando que se livrou dessa companhia, pois ele é parte de cada ser humano e se manifesta no sexo, nos desejos, como também no subconsciente. Certamente se Freud tivesse conhecido essa força desafiadora ele não teria sido tão atormentado com suas descobertas sobre a personalidade oculta dos seres humanos. Mas para azar dele e sorte nossa, a Umbanda tem nas suas Pombagiras, ótimas psicólogas que, logo de cara, vão dando o diagnóstico e receitando os procedimentos para a cura das repressões e depressões íntimas.
No entanto, temos infelizmente muitas Pombagiras involuidas que trabalham em terreiros mal conduzidos que só fazem levar ao povo muitas confusões e desequilíbrios, muitas vezes irreversíveis. Afinal, em se tratando de coisas íntimas e de intimidades, nesse campo ela é mestra e tem muito a nos ensinar, mas quando o ensinamento vem de mãos erradas induzindo a erros, como tomar o parceiro do próximo, ou jogar maldições, só o que se encontra é desarmonia.]
Seus nomes, quando se apresentam, são simbólicos ou alusivos. E o pior é que a maioria dos templos só conhece e trabalha com um numero limitado de personificações. Na verdade existe uma quantidade quase inumerável de Pombagiras que trabalham na Linha de todos os Orixás. E tenham por certo que cada uma delas tem a afinidade perfeita com a energia cósmica de seu médium. Uma Pombagira das Sete Encruzilhadas para uma pessoa atua diferente para outra conforme o elemento, o signo e o seu poder ou grau na Hierarquia.
Também como os orixás, existem as definições por ciclos, sendo que umas trabalham na linha vibratória dos Guias, outras com os Protetores e as mais fortes com os Orixás Menores. Para ter uma noção mais profundo sobre isso é que eu crie a UMBANDA-ASTROLÓGICA, um método inovador que estuda com precisão o mapa natal do individuo e tem uma visão mais profunda do que uma consulta por incorporações.
Que a Senhora Pombagira das Almas, traga luz ao caminho de todos os brasileiros na caminhada e na busca espiritual, trazendo amor para todos. E o mais necessário prudência!
O simbolismo dos nomes é típico da Umbanda porque na África, ele não existia e o seu arquétipo anterior era o de uma entidade feminina que iludia as pessoas e as levavam à perdição. Já na Umbanda e agora mais aprofundado aos astros na UMBANDA-ASTROLOGICA, é a configuração astrológica que vale, sendo que a própria posição das forças astrais apresentadas na hora do nascimento é que contem a visão da força que representa o lado oculto dos nativos. Assim orienta e ajuda a todos os que as respeitam e as amam, confiando-lhes seus segredos e suas necessidades, porque elas podem buscá-la com muito mais precisão e firmeza.
Elas são ótimas psicólogas e podem orientar também nas giras de bons terreiros, mas nem todos estão aptos a entender seus ensinamentos. Sabemos que são muito boas psicólogas e se a procurarmos seus conselhos com a mente aberta e o coração limpo vamos sim encontrar uma resposta. E que psicólogas! "Salve as Moças da Rua"! No tarô poderemos identificá-la nos arcanos, assim como na Umbanda-Astrológica, através não de uma só força ou ponto, mas de uma leitura completa de toda configuração revelada.
No seu mapa de UMBANDA-ASTROLOGICO, analisa-se quais correntes, falanges e em cada grua que a Pombagira trabalha.
Carlinhos Lima – Astrólogo, Tarólogo e Pesquisador.
Fonte:http://portalesdoceu.blogspot.com.br/
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