Pajelança indígena
pajelança (do tupi pajé, curador, sacerdote,xamã) é um termo genérico aplicado às diversas manifestações do xamanismo dos povos indígenas brasileiros. Refere-se aos rituais nos quais um especialista entra em contato com entidades não-humanas (espíritos de mortos, de animais etc.) com o fim de resolver problemas que acometem pessoas ou coletividades.
Pajelança cabocla
A pajelança cabocla (também chamada decura, linha de pena e maracá, linha de sacacae diversos outros nomes) é uma manifestação religiosa não-indígena, difundida pela Amazônia e parte do Nordeste do Brasil (Maranhão e Piauí). Combina elementos do catolicismo popular, das culturas indígenas, do Tambor de Mina e daEncantaria, da medicina rústica e de outros componentes da cultura e da religiosidade popular. Caracteriza-se, entre outros aspectos, pela ênfase no tratamento de doenças e aflições, por um transe de possessão característico, com “passagem” de diversas entidades espirituais em uma mesma sessão, e pela presença de certas práticas como o uso de tabaco e outras substâncias para defumação. Esses elementos associam a pajelança cabocla a outras manifestações religiosas populares encontradas no Norte e no Nordeste brasileiros, como o Catimbó/Jurema, o Toré e o Candomblé de Caboclo.
Pajelança
A Pajelança é encontrada no Amazonas, Pará,Piauí e Maranhão, uma religião autóctone, que foi gerada por elementos exclusivamente ameríndios. As curas e rituais são realizados pelo pajé, equivalente do xamã norte americano, com danças, cantos, e o instrumento sagrado, o maracá, um chocalho e o uso de alcalóides vegetais, que possibilitam o transe. Cada região tem entidades distintas que são invocadas, porém sempre são espíritos da natureza, de animais ou de antepassados mortos. No Piauí, a Encantaria mescla a pajelança amazônica com o catolicismo popular.
Bibliografia
·
BARROS, Antonio Evaldo Almeida. 2007. O
Pantheon Encantado: Culturas e Heranças Étnicas na Formação de Identidade
Maranhense (1937-65). Dissertação de Mestrado em Estudos Étnicos e
Africanos. Salvador: PÓS-AFRO/CEAO/UFBA.
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COSTA,
Eduardo Octávio. The Negro in Northern Brazil: a study in acculturation.
Seattle: University of Washington Press. 1966 [1948].
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FERRETTI, Mundicarmo. 2004.Pajelança do Maranhão
no século XIX: o processo de Amélia Rosa. São Luís: Comissão
Maranhense de Folclore/FAPEMA.
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GALVÃO, Eduardo.1975 [1951]. Santos e
Visagens: um estudo da vida religiosa em Itá, Amazonas. São Paulo: Cia.
Editora Nacional.
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MAUÉS, Raymundo Heraldo. 1977. A Ilha
Encantada: Medicina e xamanismo numa comunidade de pescadores. Dissertação
de Mestrado em Antropologia. Brasília: UNB.
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MOTA, Christiane de Fátima SILva. 2009. Pajés,
curadores e encantados: pajelança na baixada maranhense. São Luís:UFMA, 2009.
·
PACHECO, Gustavo. 2004. Brinquedo de Cura:
um estudo sobre a pajelança maranhense. Tese de Doutorado em Antropologia.
Rio de Janeiro: Museu Nacional-UFRJ.
Fonte:http://pt.wikipedia.org/wiki/
Pajelança - O Xamanismo Brasileiro
É provável que a palavra Pajé venha da raiz pa-y = profeta, adivinho,
curador, sacerdote, xamã. O termo pajelança é aplicado nas manifestações
xamânicas dos índios brasileiros. Pode ser divido em pajelança indígena
(rituais indígenas) e pajelança cabocla, que são praticas religiosas (não
índígenas) mais comuns no Noorte e Nordeste brasileiro. Há anos atrás, o
amigo Walter Vetillo foi a Belém fazer uma reportagem para a Revista Planeta,
cobrindo o VI Congresso Brasileiro de Parapsicologia e Psicotrônica onde se
realizaou um Encontro de Pajés. Parte da mátéria transcrevo abaixo :
Afinal...quem são os pajés ?
Existe muito pouca coisa publicada no Brasil sobre este fascinante
assunto. Uma contribuição preciosa foi o depoimento do estudioso dos mistérios
amazonenses, Antonio Jorge Thor. Thor comenta o xamanismo e a pajelança
: " Um aspecto curioso deste assunto é que nos Estados Unidos, quando
se fala em xamanismo, muitas linhagens dos xamãs são mulheres No Brasil não;
aqui pajé é sempre somente do sexo masculino - primeira geração, que passa de
pai para filho. Para sser um pajé, o candidato deve ser um paranormal e médium
ao mesmo tempo. Ou seja, dve ter muitas força mental (paranormalidade) e a
mediunidade, que mexe com a bioenergética, com as partículas biocósmicas
(provocam a expansão da consciência fora da matéria, o espírito por exemplo),
enfim aquela coisa da espiritualidade. Entre as diversas tribos, como os
Kraôs, caiapós e gaviões, varia muito o conceito de pajelança, mas eles tem
alguma coisa em comum: o misticismo , o segredo. Você as vezes passa um longo
tempo para conseguir uma informação, um segredo, como por exemplo, sobre um
não-alucinógeno para você sair com facilidade do corpo (desdobramento) . O pajé
penetra na área da encantaria, uma outra vertende da grande magia que pouca
gente conhece., que é passar para uma outra dimensão e e muitos dele quando
retornam dessa experiência , voltam curados. Eu fui iniciado pelas mãos de uma
curandeira de terceira geração que foi tratada pelos pajés. Doente, ela passou
algum tempo desaparecida e quando retornou, além de curada veio com dons
incríveis. A pajelança é uma forma de magia nativa da Amazonia,
tipicamente indutiva, atuando sobre qualquer elemento vivo e mantendo estreita
relação com os demais reinos da natureza: mineral, vegetal e animal. É
praticada por curandeiros (principalmente pelos pajés da Amazônia), com base no
xamanismo indígena . Pelas suas ações, o xamã tenta estabelecer contato
com outras formas de existência através de comunicações com entidades
sobrenaturais, procurando restabelecer o equilíbrio perdido entre a natureza e
a mente. Esse processo envolve curas, exorcismos, e outrois atos com objetivos
diversos. A visão holística da cultura xamanista não pode ser esquecida
fornecendo ao pajé um importante elo que o integra ao todo. Nesse sentido
Fritjot Capra, em ponto de Mutação, sintetiza: "A característica
predominante da concepção xamanista de doença é a crença de que os seres
humanos são partes integrantes de um sistema ordenado em que toda a doença é
consequência de alguma desarmonia em relação à ordem cósmica. Com grande
frequência, a doença também é interpretada como castigo por algum comportamento
imoral. A pajelância autêntica, abrange os pajés reunidos no conceito de
"alta pajelança", cujos segredos são guardados a sete chaves - haja
vista não terem interesse em que profanos venham a desfrutar dessas dádivas.
Ela se subdivide em diuas correntes :
·
Pajelança de "conta branca" : Atua em
favor do bem, curando principalmente doenças físicas e mentais e resolvendo
problemas do cotidiano da comunidade.
·
*Pajelança de "conta negra" : Atua em favor
do mal. Visa facilitar a vitória na guerra com outras tribos ou a disputa de
guerreiros para se tornar líderes. Serve também para matar ou adoecer uma
vítima, sendo que em alguns casos é usada para dificílimos trabalhos de cura.
A verdadeira pajelança é restrita a uma minoria que ostenta os segredos
e poções mágicas que rejuvenescem, curam, matam, provocam viagens astrais e
outras grandes iniciações. Atualmente, existem poucos pajés desse tipo no
Brasil. A presença da mulher é vedada. Já a pajelança paralela (segunda
geração) envolve as várias formas de curandeirismo popular - principalmente as
rezadeiras e benzedeiras, que trazem no sangue a eugenia nativa, além de estar
representadas em alguns rituais da Umbanda.Finalmente, a pajelança afim
(terceira geração) engloba o curandeirismo popular originado da pajelança
mater, porém com atuação mais aberta que a anterior. Aoresenta influências
visíveis de outras magias, seitas, misturando-se a -se a outras culturas
folclóricas e crendices de povos diversos. É a pajelança com maior influência
no Brasil, e suas benzedeiras, que utilizam ervas e rezasa para tirar o
"quebranto" , muitas vezes conseguem imbuir-se de dons que são
inerentes aos pajés. Já as rezadeiras, embora sejam incluídas nesse grupo, são
originárias do Nordeste, submetendo-se assim a uma influência maior do
catolicismo. A pajelança deve ser usada por quem realmente a domina,
manipulando o universo de magias que a constituem. A princípio todos os métodos
usados são indutivos, sincronizados a um objeto (instrumento de poder) e
resguardado pelos dons natos do pajé. Sua maior finalidade está na força de
cura ou no resultado que produz a partir de três fatores básicos : 1 Força
Mental - É um dos instrumentos fundamentais de um pajé. Existe um arquétipo-modelo
que fornece meios para a paranormalidade aguçar-se à medida que o pajé passa a
usar elementos oriundos da natureza: comer determinadas frutas ou raízes,
ingerir certas bebidas sagradas através de fórmulas secxretas, etc. Esse
comp0lexo aguça a paranormalidade e está associado a outros exercícios como a
entonação de mantras. 2 Sincronia de elementos - Constitui o poder de
invopcar elentos das diversas dimensões através de cânticos mântricos e
imagens. Quando associado à natureza, esta força ostenta a verdadeira fórmula
que muitos pajés, bruxos e outros magos guardam a sete chaves. O próprio
maracá, qunado sacudido cadencialmente, cria uma estrutura energética que
permite a abertura para a paranormalidade. 3 Agentes auxiliares - O
auxílio a esses trabalhos provém de seres de diversos planos dimensioonais
invocados para operar como reforço, com os elementais da natureza, os
encantados (seres energéticos de outras dimensões) e outros agentes chamados
"tetaianos" ou seja, otimizados pelas comunicações biocósmicas
(espíritos de pajés e de outros seres). Um elemento insispensável na
pajelança é o maracá. O maracá de um xamã é recebido ou confeccionado durante a
iniciação, sendo, portanto, sagrado para ele. em alguns casos é passado de pai
para filho; ou ainda, o "escolhido" é induzido a achá-lo mediante as
regras impostas pelo ritual de iniciação..Outro elemento fundamental é o tauari
, uma espécie de charuto natural semi-oco que ajuda o pajé a defumar o local ou
a pessoa em questão. O charuto, com sua fumaça cheirosa, objetiva imantar o
ambiente e criar uma atmosfera toda especial, para facilitar os cantatos que o
pajé queira fazer. Se o maracá e o charuto, são importantes para um pajé,
pois assumem significados sagrados em suas mãos, existem outros elementos secundários
uisados ao lçongo dos trabalhos desenvolvidos.
·
Mascar certos vegetais ou mesmo cheirá-los, ou até
mesmo comer ou beber, também faz parte do ritual de entrada de um xamã. Essa
situação varia muitoi de pajé para pajé, de trabalho para trabalho, dependendo
do objetivo visado. O importante é que eles, usando recursos tiotalmente
naturais, provocam os mesmos efeitos de certos enteógenos.
·
Chás ou pós de ervas, alucinógenos ou não,
facilitam as viagens e a comunicação, com entidades de outros planos, bem como
aguçam a paranormalidade.
·
Porções para mascar, feitas com plantas e raizes
especiais, desenvolvem a sensibilidade do pajé e facilitam suas viagens, as
quais poderão trazer soluções para os casos pendentes.
·
Cantos nativos produzem vibrações e facilitam
contatos com outros pajés, pessoas ou ouitros seres invocados nos cânticos.
Dentro dessa estrutura a pajelança é associada a rituais de grande
beleza e magia, qu extasiam a todos que se envolvem no processo de
participação, ou mesmo como meros observadores. Segundo Thor, o perfeito
domínio sobre este incrível mundo mágico-natural pode por vezes levar alguns
pajés de alta linhagem a alterar suas partículas atômicas, tornar-se invisíveis
e deslocar-se no espaço, surgindo em outros lugares. Aqui vale a pena lembrar
as experiências relatadas por Castañeda em seus livros, descrevendo casos
semelhantes com Dom Juan e D. Genaro. Geralmente o pajé exerce uma
influência muito grande sobre sseu povo - sua figura está para a tribo na mesma
proporção em que o médico está para a comunidade. Isso faz com que sua
importânciae destaque assumam uma responsabilidade toda especial sobre os
problemas que afligem seu grupo. Por outro lado, como um médico, o pajé segue
as normas e obedece as éticas moldadas pela sociedade., e não poderia deixar de
assumir um arquétipo blinbdado para sua tribo. Dificilmente alguma coisa lhe é
negada, e ele, com justiça, exerce o poder e goza de fama e do respeito de
todos. Os pajés vivem bastante tempo, e os mais poderosos são chamados de
sacaca por sinal, o mesmo nome de um conhecido vegetal da Amazônia Oriental,
detentor de inúmeras utilidades.
Fonte:http://www.xamanismo.com.br/Teia/SubTeia1192186946
Fonte:http://www.xamanismo.com.br/Teia/SubTeia1192186946
O que é a pajelança ?
A pajelança é um ritual de cura realizado pelos índios. Quem realiza
este ritual é o pajé (curandeiro e líder espiritual da aldeia). No ritual, o
pajé bebe uma espécie de bebida afrodisíaca, conhecida como tafiá e evoca
espíritos de ancestrais ou de animais da floresta. Esta evocação serve para
pedir orientação no processo de cura do paciente. Algumas ervas e plantas
também podem ser usadas durante o ritual. Muitas vezes, o pajé queima algumas
plantas ou ervas secas e joga sobre o corpo do paciente.
Durante o ritual, o pajé costuma dançar euforicamente e faz mímicas
representando o animal que está incorporando no momento.
No caso da pajelança (Amazonas, Pará, Piauí, Maranhão), o elemento
gerador é genuinamente ameríndio. As curas são levadas a efeito pelos pajés,
verdadeiros xamãs indígenas. O instrumento básico de pajelança é o maracá,
instrumento sagrado do pajé.
As cerimônias acompanham-se sempre de cantos e danças para divertir os espíritos. Os cantos são melodias folclóricas conhecidas; as danças, exercícios mímicos, com rugidos e uivos imitativos dos animais invocados.
Há inúmeras diferenças rituais entre uma pajelança e outra, sendo mais característica entre as rurais a pureza dos traços ameríndios, enquanto nas urbanas se registra uma mescla de elementos afróides, do catimbó, do espiritismo e do baixo catolicismo.
Uma versão da pajelança amazônica é a encantaria ou encantaria piauiense, fortemente aculturada com o catolicismo popular. Na encantaria, os crentes repetem várias vezes certa quadra rogatória de purificação, após o que o pai-de-santo dança em volta da guna (forquilha central da sala), no centro de um círculo formado por todos os dançantes, que giram sobre si mesmos da direita para a esquerda, em torno do mestre, que entoa cantos (aié) para que algum moço (espírito) se aposse de seu aparelho (filho ou filha-de-santo) e cante sua doutrina, dançando em transe.
Fonte: Instituto Sócioambiental
As cerimônias acompanham-se sempre de cantos e danças para divertir os espíritos. Os cantos são melodias folclóricas conhecidas; as danças, exercícios mímicos, com rugidos e uivos imitativos dos animais invocados.
Há inúmeras diferenças rituais entre uma pajelança e outra, sendo mais característica entre as rurais a pureza dos traços ameríndios, enquanto nas urbanas se registra uma mescla de elementos afróides, do catimbó, do espiritismo e do baixo catolicismo.
Uma versão da pajelança amazônica é a encantaria ou encantaria piauiense, fortemente aculturada com o catolicismo popular. Na encantaria, os crentes repetem várias vezes certa quadra rogatória de purificação, após o que o pai-de-santo dança em volta da guna (forquilha central da sala), no centro de um círculo formado por todos os dançantes, que giram sobre si mesmos da direita para a esquerda, em torno do mestre, que entoa cantos (aié) para que algum moço (espírito) se aposse de seu aparelho (filho ou filha-de-santo) e cante sua doutrina, dançando em transe.
Fonte: Instituto Sócioambiental
Sobre a
Pajelança
É provável que a palavra Pajé venha da raiz pa-y = profeta,
adivinho, curador, sacerdote, xamã. Assim, o termo pajelança é um termo
genérico aplicado às diversas manifestações do xamanismo dos povos indígenas
Brasileiros.
Pode ser divido em pajelança indígena (rituais indígenas) e pajelança cabocla, que são práticas religiosas (não índígenas) mais comuns no Norte e Nordeste brasileiro. Logo, de uma maneira ou de outra, refere-se aos rituais nos quais um especialista entra em contato com entidades não-humanas (espíritos de mortos, de animais etc.) com o fim de resolver problemas que acometem pessoas ou coletividades.
Segundo Antonio Jorge Thor, estudioso dos mistérios amazonenses, " um aspecto curioso existente entre o xamanismo e a pajelança é que nos Estados Unidos, quando se fala em xamanismo, muitas linhagens dos xamãs são mulheres. Já no Brasil não; aqui pajé é predominantemente do sexo masculino - primeira geração, que passa de pai para filho. Assim, para ser um pajé, o candidato deve ser um médium e um paranormal ao mesmo tempo. Ou seja, deve ter muita força mental (paranormalidade) e conseguir estabelecer uma comunicação com espíritos antepassados (mediunidade). Juntos, o pajé ganha a condição de mexer com a bioenergética e com as partículas biocósmicas (que provocam a expansão da consciência fora da matéria), em prol do desenvolvimento do espírito".
É sabido que, mesmo assim, entre as diversas tribos varia muito o conceito de pajelança, mas ainda sim é possível estabelecer algumas semelhanças: o misticismo e o segredo. Por isso, o pajé penetra na área da encantaria, uma outra vertente da grande Magia Natural.
Assim, podemos dizer que a pajelança é uma forma de magia nativa da Amazônia e dos índios brasileiros, tipicamente indutiva, atuando sobre qualquer elemento vivo e mantendo estreita relação com os demais reinos da natureza: mineral, vegetal e animal. É praticada por curandeiros (principalmente pelos pajés), com base no xamanismo indígena.
Pelas suas ações, o xamã tenta estabelecer contato com outras formas de existência através de comunicações com entidades sobrenaturais, procurando restabelecer o equilíbrio perdido entre a natureza e a mente. Esse processo envolve curas, exorcismos, orientações e outros atos com objetivos diversos.
Além disso, a visão holística da cultura xamanista não pode ser esquecida, fornecendo ao pajé um importante elo que o integra ao todo. Nesse sentido Fritjot Capra, XXX, em ponto de Mutação, sintetiza: "A característica predominante da concepção xamanista de doença é a crença de que os seres humanos são partes integrantes de um sistema ordenado em que toda a doença é conseqüência de alguma desarmonia em relação à ordem cósmica. E, por vezes, até interpretada como castigo por algum comportamento inadequado".
A verdadeira pajelança é restrita a uma minoria que ostenta os segredos e poções mágicas que rejuvenescem, curam, matam, provocam viagens astrais e outras grandes iniciações. Atualmente, existem poucos pajés desse tipo no Brasil. A presença da mulher é vedada.
Já a pajelança paralela (segunda geração) envolve as várias formas de curandeirismo popular - principalmente as rezadeiras e benzedeiras, que trazem no sangue a eugenia nativa, além de estar representadas em alguns rituais da Umbanda.
Finalmente, a pajelança afim (terceira geração) engloba o curandeirismo popular originado da pajelança mater, porém com atuação mais aberta que a anterior. Apresenta influências visíveis de outras magias, seitas, misturando-se a -se a outras culturas folclóricas e crendices de povos diversos. É a pajelança com maior influência no Brasil, e suas benzedeiras, que utilizam ervas e rezasa para tirar o "quebranto" , muitas vezes conseguem imbuir-se de dons que são inerentes aos pajés. Já as rezadeiras, embora sejam incluídas nesse grupo, são originárias do Nordeste, submetendo-se assim a uma influência maior do catolicismo.
Por isso, a pajelança combina ainda elementos do catolicismo popular, das culturas indígenas, do Tambor de Mina e da Encantaria, da medicina rústica e de outros componentes da cultura e da religiosidade popular. Caracteriza-se, entre outros aspectos, pela ênfase no tratamento de doenças e aflições, por um transe de possessão característico, com "passagem" de diversas entidades espirituais em uma mesma sessão, e pela presença de certas práticas como o uso de tabaco e outras substâncias para defumação. Esses elementos associam a pajelança cabocla a outras manifestações religiosas populares encontradas no Norte e no Nordeste brasileiros, como o Catimbó/Jurema, o Toré e o Candomblé de Caboclo.
A pajelança deve ser usada por quem realmente a domina, manipulando o universo de magias que a constituem. A princípio todos os métodos usados são indutivos, sincronizados a um objeto (instrumento de poder) e resguardado pelos dons natos do pajé.
Um elemento indispensável na pajelança é o maracá. O maracá de um xamã é recebido ou confeccionado durante a iniciação, sendo, portanto, sagrado para ele, em alguns casos é passado de pai para filho; ou ainda, o "escolhido" é induzido a achá-lo mediante as regras impostas pelo ritual de iniciação. Outro elemento fundamental é o tauari , uma espécie de charuto natural semi-oco que ajuda o pajé a defumar o local ou a pessoa em questão. O charuto, com sua fumaça cheirosa, objetiva imantar o ambiente e criar uma atmosfera toda especial, para facilitar os cantatos que o pajé queira fazer.
Dentro dessa estrutura a pajelança é associada a rituais de grande beleza e magia, que extasiam a todos que se envolvem no processo de participação, ou mesmo como meros observadores.
Fonte:http://www.terapiasnativas.com.br/pajelanca.html
Pode ser divido em pajelança indígena (rituais indígenas) e pajelança cabocla, que são práticas religiosas (não índígenas) mais comuns no Norte e Nordeste brasileiro. Logo, de uma maneira ou de outra, refere-se aos rituais nos quais um especialista entra em contato com entidades não-humanas (espíritos de mortos, de animais etc.) com o fim de resolver problemas que acometem pessoas ou coletividades.
Segundo Antonio Jorge Thor, estudioso dos mistérios amazonenses, " um aspecto curioso existente entre o xamanismo e a pajelança é que nos Estados Unidos, quando se fala em xamanismo, muitas linhagens dos xamãs são mulheres. Já no Brasil não; aqui pajé é predominantemente do sexo masculino - primeira geração, que passa de pai para filho. Assim, para ser um pajé, o candidato deve ser um médium e um paranormal ao mesmo tempo. Ou seja, deve ter muita força mental (paranormalidade) e conseguir estabelecer uma comunicação com espíritos antepassados (mediunidade). Juntos, o pajé ganha a condição de mexer com a bioenergética e com as partículas biocósmicas (que provocam a expansão da consciência fora da matéria), em prol do desenvolvimento do espírito".
É sabido que, mesmo assim, entre as diversas tribos varia muito o conceito de pajelança, mas ainda sim é possível estabelecer algumas semelhanças: o misticismo e o segredo. Por isso, o pajé penetra na área da encantaria, uma outra vertente da grande Magia Natural.
Assim, podemos dizer que a pajelança é uma forma de magia nativa da Amazônia e dos índios brasileiros, tipicamente indutiva, atuando sobre qualquer elemento vivo e mantendo estreita relação com os demais reinos da natureza: mineral, vegetal e animal. É praticada por curandeiros (principalmente pelos pajés), com base no xamanismo indígena.
Pelas suas ações, o xamã tenta estabelecer contato com outras formas de existência através de comunicações com entidades sobrenaturais, procurando restabelecer o equilíbrio perdido entre a natureza e a mente. Esse processo envolve curas, exorcismos, orientações e outros atos com objetivos diversos.
Além disso, a visão holística da cultura xamanista não pode ser esquecida, fornecendo ao pajé um importante elo que o integra ao todo. Nesse sentido Fritjot Capra, XXX, em ponto de Mutação, sintetiza: "A característica predominante da concepção xamanista de doença é a crença de que os seres humanos são partes integrantes de um sistema ordenado em que toda a doença é conseqüência de alguma desarmonia em relação à ordem cósmica. E, por vezes, até interpretada como castigo por algum comportamento inadequado".
A verdadeira pajelança é restrita a uma minoria que ostenta os segredos e poções mágicas que rejuvenescem, curam, matam, provocam viagens astrais e outras grandes iniciações. Atualmente, existem poucos pajés desse tipo no Brasil. A presença da mulher é vedada.
Já a pajelança paralela (segunda geração) envolve as várias formas de curandeirismo popular - principalmente as rezadeiras e benzedeiras, que trazem no sangue a eugenia nativa, além de estar representadas em alguns rituais da Umbanda.
Finalmente, a pajelança afim (terceira geração) engloba o curandeirismo popular originado da pajelança mater, porém com atuação mais aberta que a anterior. Apresenta influências visíveis de outras magias, seitas, misturando-se a -se a outras culturas folclóricas e crendices de povos diversos. É a pajelança com maior influência no Brasil, e suas benzedeiras, que utilizam ervas e rezasa para tirar o "quebranto" , muitas vezes conseguem imbuir-se de dons que são inerentes aos pajés. Já as rezadeiras, embora sejam incluídas nesse grupo, são originárias do Nordeste, submetendo-se assim a uma influência maior do catolicismo.
Por isso, a pajelança combina ainda elementos do catolicismo popular, das culturas indígenas, do Tambor de Mina e da Encantaria, da medicina rústica e de outros componentes da cultura e da religiosidade popular. Caracteriza-se, entre outros aspectos, pela ênfase no tratamento de doenças e aflições, por um transe de possessão característico, com "passagem" de diversas entidades espirituais em uma mesma sessão, e pela presença de certas práticas como o uso de tabaco e outras substâncias para defumação. Esses elementos associam a pajelança cabocla a outras manifestações religiosas populares encontradas no Norte e no Nordeste brasileiros, como o Catimbó/Jurema, o Toré e o Candomblé de Caboclo.
A pajelança deve ser usada por quem realmente a domina, manipulando o universo de magias que a constituem. A princípio todos os métodos usados são indutivos, sincronizados a um objeto (instrumento de poder) e resguardado pelos dons natos do pajé.
Um elemento indispensável na pajelança é o maracá. O maracá de um xamã é recebido ou confeccionado durante a iniciação, sendo, portanto, sagrado para ele, em alguns casos é passado de pai para filho; ou ainda, o "escolhido" é induzido a achá-lo mediante as regras impostas pelo ritual de iniciação. Outro elemento fundamental é o tauari , uma espécie de charuto natural semi-oco que ajuda o pajé a defumar o local ou a pessoa em questão. O charuto, com sua fumaça cheirosa, objetiva imantar o ambiente e criar uma atmosfera toda especial, para facilitar os cantatos que o pajé queira fazer.
Dentro dessa estrutura a pajelança é associada a rituais de grande beleza e magia, que extasiam a todos que se envolvem no processo de participação, ou mesmo como meros observadores.
Fonte:http://www.terapiasnativas.com.br/pajelanca.html
Pajelança - Cura através das Ervas - Rito Indígena
A Pajelança significa "arte de curar " usando o
recurso das ervas e folhas dentro das matas.
Rito desenvolvido pelos Indígenas Brasileiros, com foco no tratamento de doenças tanto espiritual quanto, doenças na "matéria" no corpo humano de uma pessoa.
Dentro de uma tribo indígena a pajelança sempre vai ser realizada pelo "chefe da tribo" ou "curandeiro" grandes conhecedores dos segredos das ervas medicinais encontradas na natureza.
Tupã para os indígenas é o Deus supremos a ser louvado dentro das tribos, assim com Jesus Cristo no Catolicismo, assim como Oxalá para os Umbandista etc.
A pajelança é composta por "banhos de ervas", "defumações", "cantos" louvando todos os caboclos da mata e "cantos" especifico para Tupã.
Na pajelança os tratamentos podem dura até meses, dependendo do caso, onde a pessoa a ser tratada deve ficar isolada no restante da tribo, e o "pajé" ou "curandeiro", fica o dia inteiro fazendo rezas e cantigas até que a pessoa seja curada.
No Brasil a pajelança é muito encontrada na região norte precisamente no Amazonas onde existe muitas reservas indígenas.
Um instrumento muito utilizado durante a pajelança é o "maraca" e em algumas tribos utiliza-se "tambor".
Rito desenvolvido pelos Indígenas Brasileiros, com foco no tratamento de doenças tanto espiritual quanto, doenças na "matéria" no corpo humano de uma pessoa.
Dentro de uma tribo indígena a pajelança sempre vai ser realizada pelo "chefe da tribo" ou "curandeiro" grandes conhecedores dos segredos das ervas medicinais encontradas na natureza.
Tupã para os indígenas é o Deus supremos a ser louvado dentro das tribos, assim com Jesus Cristo no Catolicismo, assim como Oxalá para os Umbandista etc.
A pajelança é composta por "banhos de ervas", "defumações", "cantos" louvando todos os caboclos da mata e "cantos" especifico para Tupã.
Na pajelança os tratamentos podem dura até meses, dependendo do caso, onde a pessoa a ser tratada deve ficar isolada no restante da tribo, e o "pajé" ou "curandeiro", fica o dia inteiro fazendo rezas e cantigas até que a pessoa seja curada.
No Brasil a pajelança é muito encontrada na região norte precisamente no Amazonas onde existe muitas reservas indígenas.
Um instrumento muito utilizado durante a pajelança é o "maraca" e em algumas tribos utiliza-se "tambor".
Fonte:http://tamboresdeorunmila.blogspot.com.br/2012/06/pajelanca-cura-atraves-das-ervas.html
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